"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 8 de março de 2012

NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, A MARCHA "PÃO E ROSAS" DE 1908 É REVIVIDA NA BAIXADA FLUMINENSE

Para mim, a mais criativa homenagem ao Dia Internacional da Mulher em nosso país será feita esta quinta-feira em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde o PT promove às 16 horas uma caminhada para reviver a célebre marcha “Pão e Rosas”, famosa manifestação feminista realizada em 1908, quando mais de 14 mil mulheres saíram às ruas de Nova Iorque com o lema “Pão e Rosas”, em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

“Infelizmente, pouca gente conhece a marcha “Pão e rosas”. E muita gente também desconhece que o dia 8 de março foi consagrado como Dia Internacional da Mulher porque nesta data, em 1857, as operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque fizeram uma grande greve, reprimida com total violência.

A fábrica foi incendiada com as operárias trancadas lá dentro, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas”, explica a educadora Dalva Lazaroni, que teve a ideia de promover a manifestação desta quinta-feira, quando serão distribuídos pães e rosas no trajeto da caminhada, além de minucioso material didático sobre a história das conquistas femininas, inclusive o direito ao voto.

“Até 1932, somente os homens podiam votar. “Foi uma luta incessante, que atravessou décadas, até que houve a promulgação do Código Eleitoral, no primeiro governo do presidente Getúlio Vargas, e as mulheres brasileiras enfim conquistaram seus direitos políticos”, assinala Dalva Lazaroni.

“O Dia da Mulher não é simplesmente de comemoração, mas de reflexão sobre o papel da mulher na sociedade e apoio às reivindicações das mulheres hoje”, conclui Dalva Lazaroni, que é coordenadora da Escola de Política do PT e pré-candidata à Prefeitura nas eleições deste ano.

08 de março de 2012
Jussara Martins

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