"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 6 de março de 2012

A TRAGÉDIA DO TSUNAMI NO JAPÃO

Quase um ano depois, Japão ainda lida com toneladas de entulho
Províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, as mais afetadas pela tragédia, produziram um total de 23 milhões de toneladas de entulho

Prestes a completar um ano da tragédia que devastou o país, no dia 11 de março do ano passado, o Japão ainda precisa lidar com as toneladas de entulho deixadas pelo terremoto seguido de tsunami.

Autoridades estimam que as províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, as mais afetadas pela tragédia, produziram um total de 23 milhões de toneladas de entulho. Até agora, entretanto, apenas 5% do material recolhido foi processado.

As montanhas de entulho estão em parques, campos de beisebol, pátios de escolas destruídas e em outros espaços públicos.

Medo de contaminação nuclear

Todo o entulho gerado na província de Iwate corresponde a 11 anos de lixo produzido no local. Em Miyagi, o total de resíduo equivale a 19 anos de lixo. Estima-se que o custo para eliminar todo esse entulho ultrapassa R$ 16,4 bilhões.

Outro problema é que algumas províncias não aceitam receber o material, com receio de que ele possa estar contaminado com radiação da usina de Fukushima.

Busca por corpos continua

Grande parte do lixo no Japão é reciclado ou incinerado em centros de processamento. O uso de aterros sanitários é uma prática pouco comum no país por causa da falta de espaço físico. Outra opção é a exportação de dejetos para outros países da Ásia, mas, neste caso, a ajuda é negada por medo de contaminação nuclear.

O governo japonês acredita que a eliminação de todo o resíduo gerado pelo tsunami deve acontecer até março de 2014.

Estima-se que a tragédia tenha deixado 15.853 mortos e 3.283 desaparecidos. A busca por corpos ainda continua.

06 de março de 2012
Fontes:Uol - Um ano após tsunami, Japão ainda tem que lidar com montanhas de entulho

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