"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 20 de abril de 2012

ERRO LAMENTÁVEL !


Num dos posts sobre a briga de Cezar Peluso e Joaquim Barbosa, afirmei que o primeiro está “ poucos meses de dizer o que lhe der na telha…”, lembrando que ele deixa o Supremo em setembro. É claro que está errado! Já até escrevi a respeito.
Quando nos referimos a algo que está (ou que esteve) por vir, o “a” é uma preposição, não o verbo “haver” indicando tempo decorrido. Leitores notaram o erro, pelo que sou grato, como sempre. Poderia tê-lo corrigido simplesmente sem dar visibilidade.

Mas aí este blog perderia uma de suas dimensões, que é distinguir, sem subterfúgios, o certo do errado. É claro que sei a diferença — é o café com leite da gramática —, mas fui traído pela distração. Sim, caras e caros, aqui o certo é certo, e o errado, errado.

E um erro tem de ser sempre admitido. Se não tem sido assim no poder público, que assim seja entre nós, cidadãos privados. De resto, eu pego no pé dos outros quando noto erros.
Pego no meu também e me penitencio. Questão de vergonha na cara. Para muitos, isso pode ser irrelevante. Para mim, não é.

20 de abril de 2012
Reinaldo Azevedo

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