Num dos posts sobre a briga de Cezar Peluso e Joaquim Barbosa, afirmei que o primeiro está “há poucos meses de dizer o que lhe der na telha…”, lembrando que ele deixa o Supremo em setembro. É claro que está errado! Já até escrevi a respeito.
Quando nos referimos a algo que está (ou que esteve) por vir, o “a” é uma preposição, não o verbo “haver” indicando tempo decorrido. Leitores notaram o erro, pelo que sou grato, como sempre. Poderia tê-lo corrigido simplesmente sem dar visibilidade.
Mas aí este blog perderia uma de suas dimensões, que é distinguir, sem subterfúgios, o certo do errado. É claro que sei a diferença — é o café com leite da gramática —, mas fui traído pela distração. Sim, caras e caros, aqui o certo é certo, e o errado, errado.
E um erro tem de ser sempre admitido. Se não tem sido assim no poder público, que assim seja entre nós, cidadãos privados. De resto, eu pego no pé dos outros quando noto erros.
Pego no meu também e me penitencio. Questão de vergonha na cara. Para muitos, isso pode ser irrelevante. Para mim, não é.
Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário