Ministro do Interior de Israel declara escritor alemão Günter Grass persona
non grata
Segundo o ministro Eli Yishai, o escritor “tenta reavivar as chamas de ódio contra o Estado de Israel e seu povo e, assim, promover uma ideia a qual foi partícipe no passado quando vestia o uniforme da SS (Tropa de Proteção nazista)”. Em 2006, o escritor revelou ao mundo que, no início de sua adolescência, chegou a ser treinado pelas tropas nazistas.
No texto, publicado ontem aqui no Blog, Grass admite que suas opiniões poderiam ser confundidas com antissemistismo. No poema intitulado “O que há para dizer”, o prêmio Nobel de Literatura de 1999 acusa Israel de colocar em risco a paz mundial e a possibilidade de que o arsenal nuclear israelense extermine o povo iraniano. Publicado em jornais de toda a Europa, o poema causou revolta tanto em setores de direita como de esquerda em Israel
Yishai se referiu também aos elogios dos dirigentes iranianos ao poema: “Se Günter Grass deseja continuar a difusão de suas ideias falsas e distorcidas, sugiro que o faça no Irã, onde poderá encontrar um público favorável”.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ainda não se pronunciou oficialmente sobre a declaração de Yishai. Na última quinta-feira, o premiê rebateu os argumentos de Grass ao afirmar que “é o Irã, e não Israel, que representa uma ameaça para a paz mundial”. “A vergonhosa comparação que fez entre Israel e o Irã, um regime que nega o Holocausto e defende a destruição de Israel, diz muito pouco sobre Israel e muito sobre o próprio Grass”, afirmou o primeiro-ministro em nota oficial.
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, conhecido por seu viés conservador e ultranacionalista, também se somou ao coro contra as críticas de Grass: “Suas opiniões são uma expressão de cinismo por parte dos chamados intelectuais europeus que, para se promoverem ou venderem mais livros estão dispostos a sacrificar o povo judeu pela segunda vez no altar da loucura antissemtia”, disse o chanceler, confundindo o povo judeu com o Estado de Israel. “O difamatório e surrealista artigo de Grass foi apoiado basicamente pelos nazistas, a extrema-esquerda e o regime do Irã”, opinou Lieberman.
Para o embaixador de Israel na Alemanha, Emmanuel Nahshon, o poema segue a “tradição de outros tantos antissemitismos”. “Israel é o único Estado do mundo cujo direito à existência aparentemente se questiona”, acrescentou o diplomata
A reação da embaixada foi parecida com a do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, que qualificou Grass como “irresponsável” e considerou o poema um “agressivo panfleto de agitação.
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GRASS SE DEFENDE
Por sua vez, em entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, Grass reconheceu que poderia ter escrito o poema de forma diferente: “Eu evitaria o termo geral ‘Israel’ e esclarecia que me refiro ao atual governo Netanyahu”.
“O que critico é uma política que continua construindo assentamentos em desrespeito a uma resolução das Nações Unidas. Critico una política que se baseia cada vez mais em inimigos e que isola gradativamente o país O homem que atualmente causa mais dano a Israel é, em minha opinião, Netanyahu. E, por isso deveria tê-lo incluído no poema”.
10 de abril de 2012
(Do site Opera Mundi)
Segundo o ministro Eli Yishai, o escritor “tenta reavivar as chamas de ódio contra o Estado de Israel e seu povo e, assim, promover uma ideia a qual foi partícipe no passado quando vestia o uniforme da SS (Tropa de Proteção nazista)”. Em 2006, o escritor revelou ao mundo que, no início de sua adolescência, chegou a ser treinado pelas tropas nazistas.
No texto, publicado ontem aqui no Blog, Grass admite que suas opiniões poderiam ser confundidas com antissemistismo. No poema intitulado “O que há para dizer”, o prêmio Nobel de Literatura de 1999 acusa Israel de colocar em risco a paz mundial e a possibilidade de que o arsenal nuclear israelense extermine o povo iraniano. Publicado em jornais de toda a Europa, o poema causou revolta tanto em setores de direita como de esquerda em Israel
Yishai se referiu também aos elogios dos dirigentes iranianos ao poema: “Se Günter Grass deseja continuar a difusão de suas ideias falsas e distorcidas, sugiro que o faça no Irã, onde poderá encontrar um público favorável”.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ainda não se pronunciou oficialmente sobre a declaração de Yishai. Na última quinta-feira, o premiê rebateu os argumentos de Grass ao afirmar que “é o Irã, e não Israel, que representa uma ameaça para a paz mundial”. “A vergonhosa comparação que fez entre Israel e o Irã, um regime que nega o Holocausto e defende a destruição de Israel, diz muito pouco sobre Israel e muito sobre o próprio Grass”, afirmou o primeiro-ministro em nota oficial.
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, conhecido por seu viés conservador e ultranacionalista, também se somou ao coro contra as críticas de Grass: “Suas opiniões são uma expressão de cinismo por parte dos chamados intelectuais europeus que, para se promoverem ou venderem mais livros estão dispostos a sacrificar o povo judeu pela segunda vez no altar da loucura antissemtia”, disse o chanceler, confundindo o povo judeu com o Estado de Israel. “O difamatório e surrealista artigo de Grass foi apoiado basicamente pelos nazistas, a extrema-esquerda e o regime do Irã”, opinou Lieberman.
Para o embaixador de Israel na Alemanha, Emmanuel Nahshon, o poema segue a “tradição de outros tantos antissemitismos”. “Israel é o único Estado do mundo cujo direito à existência aparentemente se questiona”, acrescentou o diplomata
A reação da embaixada foi parecida com a do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, que qualificou Grass como “irresponsável” e considerou o poema um “agressivo panfleto de agitação.
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GRASS SE DEFENDE
Por sua vez, em entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, Grass reconheceu que poderia ter escrito o poema de forma diferente: “Eu evitaria o termo geral ‘Israel’ e esclarecia que me refiro ao atual governo Netanyahu”.
“O que critico é uma política que continua construindo assentamentos em desrespeito a uma resolução das Nações Unidas. Critico una política que se baseia cada vez mais em inimigos e que isola gradativamente o país O homem que atualmente causa mais dano a Israel é, em minha opinião, Netanyahu. E, por isso deveria tê-lo incluído no poema”.
10 de abril de 2012
(Do site Opera Mundi)
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