"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 23 de maio de 2012

ABRE-TE, SÉSAMO!


ABRE-TE, SÉSAMO!
Lula não provou que o Mensalão foi uma farsa.
Luiz Erário da Silva pode estar até debilitado, mas de bobo é que não tem nada.

Às vésperas do julgamento do Mensalão arranjou um palanque em São Paulo, mais precisamente na Câmara de Vereadores de lá, para botar a voz rouca na na rua e dar uma bengalada nos ministros - cuja maioria nomeou - levando-os a abrigar sob as togas a tese de que o mensalão foi "uma tentativa de golpe" contra o seu governo.

Assim que entregou a rapadura para Dilma, Lula prometeu provar que "o mensalão é uma farsa". Não provou. E não foi por falta de tempo.

Nesse período ele fez a mudança de Brasília para São Bernardo, em 11 caminhões de mimos; fundou o Instituto Lula e curou um câncer na laringe, com inflamações nos dois pulmões.

Só não deu para cumprir a promessa de dedicação integral a provar que o mensalão não existiu.

Agora bota a boca no trombone, como se fosse um cara-pintada da velha UNE, um metalúrgico de 2005, soprando à moda antiga contra um golpe imaginário daquilo que diz ter sido um dos seu governos.

Se o Mensalão não existiu, por que então Lula teria metido o pé nos fundilhos de Zé Dirceu, colocando-o no olho da rua da Casa Civil com a sua caterva de 39 mensaleiros?

A essa altura, diante da porta do Supremo Tribunal Federal, ele parece até o Ali Babá. Deve ter esquecido a senha. É "abre-te, Sésamo"!

RODAPÉ - Justiça que age sob pressão não é direita, nem justa. Politicamente incorreta pode ser cega. E aternamente grata.

23 de maio de 2012
sanatório da notícia

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