Luiz Erário da Silva pode estar até debilitado, mas de bobo é que não tem nada.
Às vésperas do julgamento do Mensalão arranjou um palanque em São Paulo, mais precisamente na Câmara de Vereadores de lá, para botar a voz rouca na na rua e dar uma bengalada nos ministros - cuja maioria nomeou - levando-os a abrigar sob as togas a tese de que o mensalão foi "uma tentativa de golpe" contra o seu governo.
Assim que entregou a rapadura para Dilma, Lula prometeu provar que "o mensalão é uma farsa". Não provou. E não foi por falta de tempo.
Nesse período ele fez a mudança de Brasília para São Bernardo, em 11 caminhões de mimos; fundou o Instituto Lula e curou um câncer na laringe, com inflamações nos dois pulmões.
Só não deu para cumprir a promessa de dedicação integral a provar que o mensalão não existiu.
Agora bota a boca no trombone, como se fosse um cara-pintada da velha UNE, um metalúrgico de 2005, soprando à moda antiga contra um golpe imaginário daquilo que diz ter sido um dos seu governos.
Se o Mensalão não existiu, por que então Lula teria metido o pé nos fundilhos de Zé Dirceu, colocando-o no olho da rua da Casa Civil com a sua caterva de 39 mensaleiros?
A essa altura, diante da porta do Supremo Tribunal Federal, ele parece até o Ali Babá. Deve ter esquecido a senha. É "abre-te, Sésamo"!
RODAPÉ - Justiça que age sob pressão não é direita, nem justa. Politicamente incorreta pode ser cega. E aternamente grata.
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