Cachoeira emudeceu na CPI por ordem do ex-ministro da Justiça que se especializou em impedir que se faça justiça
Vários integrantes da CPI do Cachoeira ficaram à beira de um ataque de nervos com a estratégia do silêncio adotada na sessão desta terça-feira pelo pivô do escândalo da vez.
Por ter recorrido ao direito constitucional de permanecer calado para não produzir provas que possam incriminá-lo, o delinquente Carlos Augusto Ramos foi acusado de insultar o Congresso e debochar dos integrantes da comissão. Como pode um chefe de quadrilha tratar dessa forma os representantes do povo?, encolerizaram-se alguns inquisidores.
Todos os parlamentares sabem que Carlinhos Cachoeira, cliente de Márcio Thomaz Bastos, emudeceu por ordem do advogado a seu lado.
Fez exatamente o que fizeram na CPI dos Correios, por determinação do ministro da Justiça transformado em chefe do serviço de socorro jurídico aos mensaleiros, os depoentes Delúbio Soares, Marcos Valério, Sílvio Pereira e outros protagonistas do escândalo descoberto em 2005. Mas ninguém ousou perguntar ao doutor até quando vai afrontar os brasileiros honestos com reedições do espetáculo da mudez malandra.
Em vez de cobranças, Márcio Thomaz Bastos ouviu cumprimentos reverentes e elogios derramados. No país que cria comissões da verdade para apurar crimes do passado, o presente é deformado por mentiras e trapaças patrocinadas por um ex-ministro da Justiça que se especializou em impedir que se faça justiça.
23 de maio de 2012
movcc
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