A China não pode mais parar de crescer, depois de experimentar o ciclo de desenvolvimento contínuo pelo período de 30 anos. A população chinesa se acostumou com as delícias da sociedade de consumo, logo clama por direitos sociais próprios do regime capitalista.
Uma vez experimentada a doçura do mel, ninguém mais quer comer iguarias amargas. O governo de Pequim está diante de um sacrossanto dilema: crescer ou crescer.
A China tem a maior população, na casa dos 1 bilhão e 300 milhões, e o maior Exército do mundo. Mas se o povo for às ruas clamando por mais democracia, mais liberdade, mais emprego, melhores salários, mais saúde, regime previdenciário, moradias decentes para todos e igualdade salarial entre chineses e chinesas, quem irá deter aquela multidão?
O Exército vermelho poderá até reprimir a vontade, mas chegará a hora da verdade, na qual seus contingentes começarão a desertar. Nenhuma força militar tem o condão de reprimir o seu povo por muito tempo.
O exemplo trágico da Líbia está aí, latente, atual. Muamar Kaddafi só caiu, quando começou a caçada sem tréguas aos guerrilheiros de Benghasi. Na ânsia de destruir o inimigo a qualquer custo, hospitais, casas e escolas foram transformadas em ruínas matando inocentes e revoltando a população indefesa.
Na Síria, o atual ditador Assad comete o mesmo erro de Kaddafi, quando tenta conter a rebelião dos insurgentes da cidade de Holms, destruindo a cidade com bombas de alta potência e derrubando prédios, escolas e hospitais. A cidade está em ruínas. Os ditadores caem porque repetem os mesmos erros cometidos pelos déspotas ao longo da história. No fundo e na forma, não passam de líderes despreparados, que se impõe pela força de seus exércitos na tarefa de oprimir o povo e manter os privilégios da casta incrustada no centro dos partidos e do poder.
Os ingleses esticaram a corda na brutal opressão que desencadearam na Índia e de lá saíram corridos e vencidos pela estratégia pacifista do herói da resistência, o gigante Mahatma Gandhi. O Japão foi obrigado a bater em retirada da China, quando exercia uma política colonialista das mais sangrentas contra a população local. Suas tropas foram derrotadas e expulsas do país.
Voltando ao drama chinês, uma sina acompanha o país. Trata-se do constante perigo da explosão demográfica. O crescimento gera expectativas que não podem ser reduzidas, pelo contrário, a tendência das pessoas é sempre lutar por mais direitos e melhores condições de vida e de trabalho. Então, para manter o povo sob controle os dirigentes não podem permitir que irrompa uma crise econômica nos moldes da que ocorreu em 2008 nos EUA e que atinge a Europa com certa crueldade nesse início de 2012.
Obrigada a reduzir o ritmo de crescimento, de modo a evitar a bolha inflacionária, fato que vem afetando as exportações de commodities no Brasil consequentemente reduzindo o crescimento da Vale do Rio Doce, a China enfrenta um drama próprio dos regimes capitalistas: a corrupção e o nepotismo.
Exemplo da queda do ex-membro do Politburo e ex-líder do Partido Comunista da cidade de Chongqing de 30 milhões de habitantes, o suposto milionário Bo Chilai.
O expurgo do líder chinês tem componentes parecidos com o enredo do filme Intriga Internacional: grampos telefônicos; suposto assassinato de empresário britânico; assessor de Bo Chilai se refugia no Consulado americano e entrega pastas confidenciais aos diplomatas; parentes possuidores de milhares de ações de empresas estrangeiras usam de influência para enriquecer o irmão, a cunhada e o filho. Enfim, uma tragédia no país oriental e “comunista”.
O poder, a corrupção, o populismo, a mentira, os privilégios, a fuga de capitais em direção aos paraísos fiscais, às mansões ocupadas pelos dirigentes máximos, são componentes de uma geleia geral capitalista em um país que teima em mostrar ao mundo que é um comunista.
Desde a morte de Mao Tsé Tung, o líder que comandou a grande marcha rumo a Pequim em 1949 e autor do Livro Vermelho, a China vem passando por transformações tão rápidas, a ponto de ser considerada a segunda potência militar no concerto das nações, e logo estará inserida integralmente no estilo de vida capitalista, financeiro e comercial da elite americana e europeia.
O tempo dirá se a China alcançará este patamar de glória ou de sofrimento para seus bilhões de habitantes.
Uma vez experimentada a doçura do mel, ninguém mais quer comer iguarias amargas. O governo de Pequim está diante de um sacrossanto dilema: crescer ou crescer.
A China tem a maior população, na casa dos 1 bilhão e 300 milhões, e o maior Exército do mundo. Mas se o povo for às ruas clamando por mais democracia, mais liberdade, mais emprego, melhores salários, mais saúde, regime previdenciário, moradias decentes para todos e igualdade salarial entre chineses e chinesas, quem irá deter aquela multidão?
O Exército vermelho poderá até reprimir a vontade, mas chegará a hora da verdade, na qual seus contingentes começarão a desertar. Nenhuma força militar tem o condão de reprimir o seu povo por muito tempo.
O exemplo trágico da Líbia está aí, latente, atual. Muamar Kaddafi só caiu, quando começou a caçada sem tréguas aos guerrilheiros de Benghasi. Na ânsia de destruir o inimigo a qualquer custo, hospitais, casas e escolas foram transformadas em ruínas matando inocentes e revoltando a população indefesa.
Na Síria, o atual ditador Assad comete o mesmo erro de Kaddafi, quando tenta conter a rebelião dos insurgentes da cidade de Holms, destruindo a cidade com bombas de alta potência e derrubando prédios, escolas e hospitais. A cidade está em ruínas. Os ditadores caem porque repetem os mesmos erros cometidos pelos déspotas ao longo da história. No fundo e na forma, não passam de líderes despreparados, que se impõe pela força de seus exércitos na tarefa de oprimir o povo e manter os privilégios da casta incrustada no centro dos partidos e do poder.
Os ingleses esticaram a corda na brutal opressão que desencadearam na Índia e de lá saíram corridos e vencidos pela estratégia pacifista do herói da resistência, o gigante Mahatma Gandhi. O Japão foi obrigado a bater em retirada da China, quando exercia uma política colonialista das mais sangrentas contra a população local. Suas tropas foram derrotadas e expulsas do país.
Voltando ao drama chinês, uma sina acompanha o país. Trata-se do constante perigo da explosão demográfica. O crescimento gera expectativas que não podem ser reduzidas, pelo contrário, a tendência das pessoas é sempre lutar por mais direitos e melhores condições de vida e de trabalho. Então, para manter o povo sob controle os dirigentes não podem permitir que irrompa uma crise econômica nos moldes da que ocorreu em 2008 nos EUA e que atinge a Europa com certa crueldade nesse início de 2012.
Obrigada a reduzir o ritmo de crescimento, de modo a evitar a bolha inflacionária, fato que vem afetando as exportações de commodities no Brasil consequentemente reduzindo o crescimento da Vale do Rio Doce, a China enfrenta um drama próprio dos regimes capitalistas: a corrupção e o nepotismo.
Exemplo da queda do ex-membro do Politburo e ex-líder do Partido Comunista da cidade de Chongqing de 30 milhões de habitantes, o suposto milionário Bo Chilai.
O expurgo do líder chinês tem componentes parecidos com o enredo do filme Intriga Internacional: grampos telefônicos; suposto assassinato de empresário britânico; assessor de Bo Chilai se refugia no Consulado americano e entrega pastas confidenciais aos diplomatas; parentes possuidores de milhares de ações de empresas estrangeiras usam de influência para enriquecer o irmão, a cunhada e o filho. Enfim, uma tragédia no país oriental e “comunista”.
O poder, a corrupção, o populismo, a mentira, os privilégios, a fuga de capitais em direção aos paraísos fiscais, às mansões ocupadas pelos dirigentes máximos, são componentes de uma geleia geral capitalista em um país que teima em mostrar ao mundo que é um comunista.
Desde a morte de Mao Tsé Tung, o líder que comandou a grande marcha rumo a Pequim em 1949 e autor do Livro Vermelho, a China vem passando por transformações tão rápidas, a ponto de ser considerada a segunda potência militar no concerto das nações, e logo estará inserida integralmente no estilo de vida capitalista, financeiro e comercial da elite americana e europeia.
O tempo dirá se a China alcançará este patamar de glória ou de sofrimento para seus bilhões de habitantes.
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