Despertar uma nação da miséria, da escravidão e da ignorância leva tempo e custa caro. Mas, se você tem prioridades, investe seu tempo e suas forças onde deve; as coisas parecem acontecer por magia.
Muitos prometem isso. Poucos cumpriram até agora. Mesmo alguns, que levaram suas nações ao mais alto desenvolvimento, acabaram perdendo o rumo e transformando seu povo em mera massa de manobra e acabou por destruir as conquistas anteriores, mergulhando suas nações no mais profundo caos.
Por aqui experimentamos algo assim. Um governo que alardeia conquistas, muito mais oriundas de conjunturas internacionais favoráveis do que de suas ações sérias e acertadas, parece gozar da confiança inabalável de seu povo no sentido de que será capaz de liderá-lo a um paraíso desenvolvimentista futuro.
Infelizmente, as desigualdades teimam em desafiar a propaganda bem paga e bem elaborada e adoram destruir ilusões demagógicas criadas por mentes perversas.
A lição é simples: Mesmo que ideologicamente aceitáveis e plasticamente bem apresentadas, as mentiras alardeadas sempre perderão para a alta densidade de realidade que as desigualdades carregam. Pode demorar, mas uma hora ou outra a realidade sempre da o troco da forma mais cruel possível.
Assim, de uma hora para outra, o Brasil se tornou a sexta economia do mundo e a “Terra Prometida” dos pobres. Uma nação de famintos foi libertada para o consumo e para o crédito fácil que a levou a uma sensação de melhora social e a uma ilusão de desenvolvimento.
Mas, enquanto as mentiras ufanistas ainda embotam a visão de muitos, a dura e densa realidade por trás das desigualdades força – aqui e ali – a exposição da face horrível e disforme de nossas mazelas aparentemente incuráveis. A “Terra da Promissão” parece desaparecer e se transformar na “Terra da Enganação” para uma parte cada vez maior do povo.
Açoitados pelo látego cruel e sem paixão que a realidade empunha com ferocidade incomum; a sociedade brasileira vê apática suas desigualdades se manterem firmes e a escravidão intelectual de seu povo erguer-se cada fez mais alto e fincar os pés no chão cada vez mais profundamente.
Enquanto as manchetes vomitam altíssimos índices de popularidade e alardeiam a existência de vitórias econômicas que parecem pertencer a um mundo diferente do que vive o cidadão comum, o brasileiro ainda precisa pisar em seus dejetos para entrar e sair de casa.
Enquanto a inadimplência cresce, embalada pelo consumo aquecido de uma população que não possui renda suficiente sequer para subsistir e é sistematicamente enganada pelas promessas vazias daqueles que apenas desejam o próprio bem-estar; as geladeiras, TV’s de plasma e máquinas de lavar roupa – compradas a perder de vista com juros altíssimos – são mantidas orgulhosamente em funcionamento com geradores ou a força de um bom balde d’água (afinal, grande parte dos lares não possui água encanada ou luz elétrica).
Enquanto gastam-se bilhões e bilhões em obras sem qualquer sentido ou se garante a continuidade da miséria e da escravidão através da simples doação de dinheiro aos pobres; soluções simples, baratas e eficazes para os problemas da pobreza e da falta de oportunidades são abandonadas ou simplesmente ignoradas como forma de manter o povo escravo e ávido pelas migalhas que lhe atiram.
Mais do que comprar uma TV nova, uma máquina de lavar ou mesmo um carro em prestações que se dispersam no horizonte; o desenvolvimento de uma nação se mede pela qualidade da educação a que suas crianças têm acesso; pelo comportamento ético de seu povo; pelo acesso a coisas simples e sem importância como água encanada, saneamento básico e a um serviço de saúde minimamente confiável e humano.
Então me diga, caro leitor, somos mesmo esse milagre que dizem por aí?
01 de maio de 2012
visão panorâmica
Muitos prometem isso. Poucos cumpriram até agora. Mesmo alguns, que levaram suas nações ao mais alto desenvolvimento, acabaram perdendo o rumo e transformando seu povo em mera massa de manobra e acabou por destruir as conquistas anteriores, mergulhando suas nações no mais profundo caos.
Por aqui experimentamos algo assim. Um governo que alardeia conquistas, muito mais oriundas de conjunturas internacionais favoráveis do que de suas ações sérias e acertadas, parece gozar da confiança inabalável de seu povo no sentido de que será capaz de liderá-lo a um paraíso desenvolvimentista futuro.
Infelizmente, as desigualdades teimam em desafiar a propaganda bem paga e bem elaborada e adoram destruir ilusões demagógicas criadas por mentes perversas.
A lição é simples: Mesmo que ideologicamente aceitáveis e plasticamente bem apresentadas, as mentiras alardeadas sempre perderão para a alta densidade de realidade que as desigualdades carregam. Pode demorar, mas uma hora ou outra a realidade sempre da o troco da forma mais cruel possível.
Assim, de uma hora para outra, o Brasil se tornou a sexta economia do mundo e a “Terra Prometida” dos pobres. Uma nação de famintos foi libertada para o consumo e para o crédito fácil que a levou a uma sensação de melhora social e a uma ilusão de desenvolvimento.
Mas, enquanto as mentiras ufanistas ainda embotam a visão de muitos, a dura e densa realidade por trás das desigualdades força – aqui e ali – a exposição da face horrível e disforme de nossas mazelas aparentemente incuráveis. A “Terra da Promissão” parece desaparecer e se transformar na “Terra da Enganação” para uma parte cada vez maior do povo.
Açoitados pelo látego cruel e sem paixão que a realidade empunha com ferocidade incomum; a sociedade brasileira vê apática suas desigualdades se manterem firmes e a escravidão intelectual de seu povo erguer-se cada fez mais alto e fincar os pés no chão cada vez mais profundamente.
Enquanto as manchetes vomitam altíssimos índices de popularidade e alardeiam a existência de vitórias econômicas que parecem pertencer a um mundo diferente do que vive o cidadão comum, o brasileiro ainda precisa pisar em seus dejetos para entrar e sair de casa.
Enquanto a inadimplência cresce, embalada pelo consumo aquecido de uma população que não possui renda suficiente sequer para subsistir e é sistematicamente enganada pelas promessas vazias daqueles que apenas desejam o próprio bem-estar; as geladeiras, TV’s de plasma e máquinas de lavar roupa – compradas a perder de vista com juros altíssimos – são mantidas orgulhosamente em funcionamento com geradores ou a força de um bom balde d’água (afinal, grande parte dos lares não possui água encanada ou luz elétrica).
Enquanto gastam-se bilhões e bilhões em obras sem qualquer sentido ou se garante a continuidade da miséria e da escravidão através da simples doação de dinheiro aos pobres; soluções simples, baratas e eficazes para os problemas da pobreza e da falta de oportunidades são abandonadas ou simplesmente ignoradas como forma de manter o povo escravo e ávido pelas migalhas que lhe atiram.
Mais do que comprar uma TV nova, uma máquina de lavar ou mesmo um carro em prestações que se dispersam no horizonte; o desenvolvimento de uma nação se mede pela qualidade da educação a que suas crianças têm acesso; pelo comportamento ético de seu povo; pelo acesso a coisas simples e sem importância como água encanada, saneamento básico e a um serviço de saúde minimamente confiável e humano.
Então me diga, caro leitor, somos mesmo esse milagre que dizem por aí?
01 de maio de 2012
visão panorâmica
Nenhum comentário:
Postar um comentário