GOVERNO DA VENEZUELA SE PREPARA PARA UM FUTURO SEM CHÁVEZ COM GOLPE DE ESTADO EM CÂMERA LENTA QUE APROXIMARÁ REGIME AO MODELO CUBANO
Uma postergação indefinida das eleições, desencadeará uma série de situações que terminariam poder derrubar o pouco que resta de viés democrático do regime que as autoridades tem tratado de preservar, aproximando-o de forma acelerada ao tipo de sistema de impera em Cuba. Clique AQUI para continuar lendo EN ESPAÑOL
A Revolução Bolivariana, ameaçada pelo desvanecimento físico do caudilho Hugo Chávez, começou a dar os primeiros passos para tentar endurecer no caso em que seu líder máximo perca a luta contra o câncer, nomeando um pequeno comitê que iria tomar as rédeas da transição e que seria responsável por conter as lutas intestinas do chavismo, segundo analistas.
Especialistas consultados pelo jornal El Nuevo Herald, disseram que o Conselho de Estado, nomeado em meio as ausências públicas cada vez mais freqüentes e prolongadas do caudilho, é o sinal mais claro até agora de que as lideranças superiores do chavismo preparam-se para um cenário sem Chávez no poder e procuram quem poderá substituí-lo como candidato nas eleições de outubro.
Segundo esses analistas, entre os candidato de maior prestígio nas fileiras do chavismo, sobressai o chanceler Nicolás Maduro, que poderia ser bastante competitivo nas pesquisas.
Segundo esses analistas, entre os candidato de maior prestígio nas fileiras do chavismo, sobressai o chanceler Nicolás Maduro, que poderia ser bastante competitivo nas pesquisas.
"Chávez está armando um dispositivo para a fase final de sua presença neste mundo. É um fato de que a enfermidade que o acomete está avançando e, se não chega às eleições, e se não tem definido claramente um mecanismo para uma transição dentro de seu regime político, aqui pode ocorrer qualquer coisa", afirma o ex-deputado e analista político Alberto Franceschi.
O potencial de violência é muito elevado na Venezuela, ante as reiteradas acusações de que sua máxima cúpula militar está imersa em atividades do narcotráfio, a existência de agrupamentos adeptos do chavismo que estão armados e tem recebido treinamento de combate em Cuba, e a presença de organizações criminosas que operam com impunidade no país.
Sinais de enfrentamento internos já começaram a produzir-se nas últimas semanas após os assassinatos de militares com supostos vínculos com o tráfico de droga.
"Já está visto que se desatou uma guerra de posições dentro de segmentos militares ligados a distintos segmentos do narcotráfico, máfias do narcotráfico. E isto faz prever um desenvolvimento bastante traumático nas Forças Armadas se [Chávez] não prepara um mecanismo de sucessão", acrescentou Franceschi.
A primeira tarefa do Conselho de Estado, organismo contemplado na Constituição de 1999, mas que nunca antes havia sido nomeado, precisamente seria evitar um confrontação armada interna entre os chavistas.
Segundo a Constituição, o organismo deve funcionar como uma espécie de grupo de assessores que apresentariam apenas recomendações ao presidente, quem estaria encarregado de tomar suas decisões.
Mas os analistas consideram que esse grupo foi criado para que ocupe o vazio de poder que se está gerando na Venezuela, devido à enfermidade de Chávez, servindo como uma espécie de junta de governo que tomaria as decisões em nome do mandatário.
"Muita gente vê isso como o início de um golpe de Estado, em câmera lenta", comentou desde Miami o analista político Ignacio de León. "É visto como um grupo de chavistas que está tratando de preencher o vazio criado por esta situação, com método que não estão aprovado por ninguém, salvo eles mesmos. Está se vendo isso como uma espécie de tentativa por tratar de cooptar o poder de uma maneira ilegítima e inconstitucional".
O Conselho de Estado não está autorizado constitucionalmdente para exercer o poder.
Uma das maiores preocupações é que se decida postergar ou suspender as eleições de outubro deste ano, quando Chávez enfrentaria o opositor governador do estado de Miranda, Henrique Capriles.
"Se decidem fazer essa mudança de data, possivelmente será o próprio Conselho Nacional Eleitoral que dará esse passo, depois de encontrar alguma raão, alguma circunstância de tiplo excepcional de comoção pública, que justifique formalmente tomar essa determinação", advertiu.
03 de maio de 2012
aluizio amorim
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