É moral e ético, um advogado que foi ministro de governo
de um país para fazer Justiça abraçar, em nome do amplo direito de defesa dos
malfeitores, uma causa que, de fato, abriga malfeitos (dilmês),
corrupção, fraude, jogatina, formação de quadrilha, sonegação e suas
circunstâncias na mais explícita forma do "doa a quem doer"?
Veja se somos capazes de julgar uma raposa de tribunais, dessas que vão buscar nos grampos dos autos, a vitória do direito formal sobre o direito moral. Há muitos pontos a ponderar. Ponderemos, pois:
O que é consciência para nós, pode parecer sapiência para quem está aí ao nosso lado. Ou você vai dizer que nunca descobriu dentro de você alguém que luta contra você?
Na realidade a nossa ética pode sempre ter mais moral que a ética de todo mundo. A vida nos faz assim. Essa coisa boba de moral, ou de ética, é só o alicerce de um mundo que a gente jamais chegará a conhecer por inteiro antes de sofrer um forte abalo; antes de atravessar incólume um desses terremotos cotidianos que nos metem medo e nos animam a seguir em frente, por tamanha que seja a nossa pequenez.
Ora, a gente precisa se convencer de que há homens para os quais a moral não é outra coisa do que senão as precauções e os cuidados que eles são capazes de tomar para ludibriá-la. É aí que se aprimoram os doutos praticantes da moral, da ética, dos bons (?) costumes das nossas épocas todas - as de ontem, as de hoje e de amanhã. Esse períodos todos que, na nossa cabeça, já vivemos. Puros dé-jà-vu.
É ao depararmos com esses homens de talento e preparo que se percebe o quanto há de moral, de ético e quanto se pratica bem e plenamente um direito quando ele é exercido por dever.
Nota-se mais ainda: vê-se que o direito é a mais esperta e duradoura invenção do homem contra a equidade. Somos todos iguais perante a lei; outros, no entanto, são um pouco mais iguais - como pensava e dizia Ruy, o Águia de Haia.
O direito de Carlinhos Cachoeira calar-se é o mesmo direito de Thomaz Bastos falar em sua defesa, pois não comete violência contra ninguém aquele que usa dos seus direitos. E, ponderando bem, diante de quem Cachoeira estaria abrindo o bico, dando o serviço, entregando o ouro?!?
Isso, porém, quer dizer muito pouco. Apenas grita que não é imoral nem antiético praticar-se o direito que se tem.
Um direito que não acaba, não senhor, onde começa o direito do outro. Aqui, no Brasil da Silva, o nosso direito não some; permanece. Fica cara a cara com o direito do companheiro bom e batuta aí ao nosso lado. E fica tudo legal. E, quanto mais não seja, tudo legítimo.
A verdade é que um povo, uma nação, pode viver com leis injustas, mas é impossível que sobreviva com tribunais que não administrem bem e prontamente a justiça.
Mas isso, minha gente cheia de moral e de direitos, é outro papo e não tem nada a ver com a descoberta do Brasil, nos primórdios de janeiro de 2002.
De lá pra cá, nem é mais vergonha aquela história de roubar e não poder carregar. Vergonha é denunciar e não poder provar. Como se os malfeitores do crime organizado fossem ingênuos e incapazes a ponto de deixar rastros e impressões digitais.
Nesse Novo Brasil, em nome da moral e da ética, todos são inocentes, até prova em contrário. Então, cadê as provas, cadê?!?
Pois é disso que Márcio Thomaz Bastos está falando.
E, em assim sendo, continue, pois, a sociedade moralista e pretensamente ética e pura, temendo muito mais os seus defensores do que as suas causas.
Veja se somos capazes de julgar uma raposa de tribunais, dessas que vão buscar nos grampos dos autos, a vitória do direito formal sobre o direito moral. Há muitos pontos a ponderar. Ponderemos, pois:
O que é consciência para nós, pode parecer sapiência para quem está aí ao nosso lado. Ou você vai dizer que nunca descobriu dentro de você alguém que luta contra você?
Na realidade a nossa ética pode sempre ter mais moral que a ética de todo mundo. A vida nos faz assim. Essa coisa boba de moral, ou de ética, é só o alicerce de um mundo que a gente jamais chegará a conhecer por inteiro antes de sofrer um forte abalo; antes de atravessar incólume um desses terremotos cotidianos que nos metem medo e nos animam a seguir em frente, por tamanha que seja a nossa pequenez.
Ora, a gente precisa se convencer de que há homens para os quais a moral não é outra coisa do que senão as precauções e os cuidados que eles são capazes de tomar para ludibriá-la. É aí que se aprimoram os doutos praticantes da moral, da ética, dos bons (?) costumes das nossas épocas todas - as de ontem, as de hoje e de amanhã. Esse períodos todos que, na nossa cabeça, já vivemos. Puros dé-jà-vu.
É ao depararmos com esses homens de talento e preparo que se percebe o quanto há de moral, de ético e quanto se pratica bem e plenamente um direito quando ele é exercido por dever.
Nota-se mais ainda: vê-se que o direito é a mais esperta e duradoura invenção do homem contra a equidade. Somos todos iguais perante a lei; outros, no entanto, são um pouco mais iguais - como pensava e dizia Ruy, o Águia de Haia.
O direito de Carlinhos Cachoeira calar-se é o mesmo direito de Thomaz Bastos falar em sua defesa, pois não comete violência contra ninguém aquele que usa dos seus direitos. E, ponderando bem, diante de quem Cachoeira estaria abrindo o bico, dando o serviço, entregando o ouro?!?
Isso, porém, quer dizer muito pouco. Apenas grita que não é imoral nem antiético praticar-se o direito que se tem.
Um direito que não acaba, não senhor, onde começa o direito do outro. Aqui, no Brasil da Silva, o nosso direito não some; permanece. Fica cara a cara com o direito do companheiro bom e batuta aí ao nosso lado. E fica tudo legal. E, quanto mais não seja, tudo legítimo.
A verdade é que um povo, uma nação, pode viver com leis injustas, mas é impossível que sobreviva com tribunais que não administrem bem e prontamente a justiça.
Mas isso, minha gente cheia de moral e de direitos, é outro papo e não tem nada a ver com a descoberta do Brasil, nos primórdios de janeiro de 2002.
De lá pra cá, nem é mais vergonha aquela história de roubar e não poder carregar. Vergonha é denunciar e não poder provar. Como se os malfeitores do crime organizado fossem ingênuos e incapazes a ponto de deixar rastros e impressões digitais.
Nesse Novo Brasil, em nome da moral e da ética, todos são inocentes, até prova em contrário. Então, cadê as provas, cadê?!?
Pois é disso que Márcio Thomaz Bastos está falando.
E, em assim sendo, continue, pois, a sociedade moralista e pretensamente ética e pura, temendo muito mais os seus defensores do que as suas causas.
24 de maio de 2012
sanatório da notícia
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