Em ano eleitoral, Museu da Corrupção promove parceria com jornais regionais
Luiz
Gustavo Pacete | 20/01/2012
O Museu da Corrupção (MuCo) está reforçando sua
parceria com jornais regionais em troca de informações sobre escândalos locais.
A primeira delas foi com o jornal gaúcho Zero Hora
e outras seguem em negociação com O Globo,
O Estado
de Minas e Correio
Braziliense.
Luiz Octávio de Lima, editor de web do
Diário do
Comércio e coordenador do MuCo, explica que as parcerias regionais
permitem ao museu aumentar a capacidade de registrar a corrupção local no
Brasil. “Em muitos casos, os desvios regionais envolvem maiores valores”,
ressalta.
Luiz Gustavo
Pacete
Luiz Octávio de
Lima
Outra parceria fechada foi com a ONG
Anticorrupção na França (Anticor) e com a ONU, que também reconheceu a
importância do site. Além disso, o MuCo conta com um núcleo específico de
corrupção no esporte, mantido em parceria com o jornal
Lance!.
Iniciativa do Diário do
Comércio, ligada à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a plataforma
totalmente virtual, criada em abril de 2009, já foi reconhecida pelo “Prêmio
Esso de Contribuição à Imprensa de 2009”. Desde sua criação, o site já atingiu
seu primeiro milhão de acessos e atualmente mantém uma média entre 600 e 800 mil
acessos mensais.
Segundo o jornalista Moisés Rabinovici,
idealizador do projeto e colunista da revista IMPRENSA, o MuCo possui um
reconhecimento que não foi considerado à altura pela imprensa nacional. “A não
ser por uma nota no caderno de informática de O Globo,
outra na Folha,
nada, nenhuma linha, nem mesmo um registro de nascimento, ou menção quando foi
premiado”, critica em sua coluna.
Divulgação
Espaço do
humor
Apesar da pouca repercussão na
imprensa, o MuCo é fonte de pesquisa entre acadêmicos e contribui para
jornalistas que precisam resgatar fatos de corrupção no país.
Octávio explica à IMPRENSA que a ideia do museu
é traçar uma linha histórica da corrupção no Brasil desde o descobrimento. A
plataforma é atualizada diariamente e conta com uma curadoria. Navegando pelo
site é possível visualizar áreas como a Sala dos Escândalos, Operações da PF e
Sala das CPIs.
Além do
digital
Apesar de ser totalmente digital, o MuCo
realiza eventos que extrapolam os limites da internet. Em setembro de 2009, o
museu realizou no Largo São Francisco, junto com a faculdade de direito, um
evento sobre corrupção e já realizou conferências em outros países.
Octávio explica que o objetivo é colocar uma
dose de humor para que o assunto seja mais atrativo. “Temos uma seção chamada de
pizzaria e até uma loja de produtos, tudo isso para deixar a abordagem mais
leve".
Outra seção de destaque do MuCo é a de
serviços, onde o visitante pode fazer denuncias e encontrar o contato dos
parlamentares. “A gente tinha certo medo, não era comum falar sobre corrupção”,
diz Octávio. Apesar da preocupação, o jornalista conta que até hoje a iniciativa
recebeu somente um processo. “Sofremos um processo de Edmar Moreira, recorremos
e ganhamos”.
Cultura da
corrupção
Perguntando como foi o acesso ao museu na campanha eleitoral de 2010, Octávio explica que “sentiu certa decepção, pois o eleitor continua se mantendo indiferente em relação à corrupção. As pessoas ainda votam de forma emocional, corrupção não é um fator para deixar de votar em alguém”, lamenta.
Perguntando como foi o acesso ao museu na campanha eleitoral de 2010, Octávio explica que “sentiu certa decepção, pois o eleitor continua se mantendo indiferente em relação à corrupção. As pessoas ainda votam de forma emocional, corrupção não é um fator para deixar de votar em alguém”, lamenta.
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