A população da Terra era calculada em 250 milhões de pessoas no Ano 1 da Era Cristã. Passou para 500 milhões em 1500.
1500 anos para dobrar.
Por volta de 1800 chegou a 1 bilhão de habitantes.
300 anos para dobrar.
Em 1922 atingiu 2 bilhões de pessoas.
122 anos para dobrar.
A esta altura fazia um bom meio século que já não era possível sustentar todos sem produção em escala industrial.
Em 1975 chegamos a 4 bilhões.
53 anos para dobrar.
Nos 13 anos seguintes (até 1988) houve um acréscimo de mais 1 bilhão. Mais 11 anos (1999) e somamos outro bilhão à conta. Total: 6 bilhões.
Neste ano da graça de 2012 chegamos a 7 bilhões.
Seremos 8 bilhões em 2015 (e terão sido 40 anos para dobrar de novo se nada for feito), e 9 bilhões em 2050.
Quando a Rio 92 estava se reunindo no Aterro do Flamengo, 20 anos atrás, nós éramos 5.478.595.455.
No momento do início da Rio+20, seremos 7.052.135.000.
1.600.000.000 de pessoas foram acrescentadas à conta entre uma reunião e outra.
E, no entanto, nem na Eco 92, nem na Rio+20, "superpopulação" é o tema central da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
Continuam com aquela coisa do "aquecimento global", gastando trilhões de dólares para investigar até quanto os peidos das vacas contribuem para a hipótese de termos 2º centígrados em média de aumento na temperatura global nos próximos 100 anos, e em quantos centímetros subirá o nível dos oceanos se isso acontecer.
Se entre a Eco 92 e a Rio+20 tivessem investido 1% do que foi gasto "pesquisando o aquecimento global" para fazer campanhas e programas de educação em massa para as pessoas terem menos filhos já teríamos a questão ao menos sob controle.
Mas não.
Enquanto fazem filhos muito além da conta da reposição ou da redução da população humana na Terra, ecologistas, cientistas ávidos por verbas "para pesquisas" e os governos dispostos a fornecê-las a ambos mas apenas para as pesquisas e as campanhas "certas" (apedrejando o dito "aquecimento global"), seguem sugerindo ao mundo que a causa dos seus problemas são os efeitos da superpopulação e não o contrário, como se fosse possível alimentar 7 bilhões de bocas sem massacrar a diversidade biológica, produzir em esquema industrial ou gerar o lixo e os dejetos correspondentes.
Isso acontece porque superpopulação é uma questão que não inclui controvérsia ideológica e aponta mais para os pobres que para os ricos, o que não é nada bom para eleições, enquanto o "aquecimento global" sim, põe os ricos no banco dos réus e condena o "modo capitalista de produção" sem o qual seria impossível essa multidão sobreviver.
Ha sinais positivos nos esforços que vêm sendo desenvolvidos nos últimos anos para conseguir energia limpa e melhores formas de tratamento dos dejetos mas, bem feitas as contas, todos já sabem que isso só adia um pouquinho o desastre.
Solução mesmo, só diminuindo a quantidade de gente na Terra.
O fato dessa conferência reunir "mais de 100 chefes de Estado" - políticos profissionais, portanto - já deveria bastar para todos quantos vivem sob "chefes de Estado" e ainda não foram lobotomizados entenderem que isso não é sério.
Mas como parece que não basta, eu repito:
Acorda, gente! Esse pessoal não é sério!
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