"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 4 de junho de 2012

OS SEM-BOLSAS. OS MISERÁVEIS 'INVISÍVEIS' PARA O GOVERNO

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Número de miseráveis 'invisíveis' surpreendeu a ministra Tereza Campello (Fonte: Reprodução/Diário do Congresso)
Em um ano, foram descobertas 700 mil famílias em situação de 'extrema pobreza'. Expectativa era de encontrar 800 mil até 2013
      
Há um ano o governo federal lançou sem alarde uma operação de grande porte batizada de “busca ativa”. Trata-se de um esforço para localizar famílias em situação de “extrema pobreza” que não são alcançadas pelos programas sociais. Até agora, descobriu-se nada menos do que 700 mil delas, cujo número total de miseráveis equivale à população de Salvador.

O número surpreendeu a ministra do Desenvolvimento, Tereza Campello, em cuja mesa o relatório foi cair. Isso porque a expectativa era de achar 800 mil famílias até 2013. Pelo andar da carruagem, o governo vai localizar muito mais pessoas miseráveis do que se imaginava que estivesse fora do seu “radar”.

40% estão ao redor dos grandes centros urbanos

“Estamos falando de famílias extremamente pobres que até agora não faziam parte do cadastro único do governo federal e por isso não eram vistas na sua integridade, de acordo com suas necessidades e carências”, disse a ministra Tereza Campello ao jornal O Estado de S.Paulo.
O curioso é que 40% das famílias “invisíveis” moram em cidades com mais de 100 mil habitantes, o que significa que elas não estão nos grotões das regiões Norte e Nordeste, como poderia se imaginar, mas sim na periferia dos grandes centros urbanos.

04 de junho de 2012

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