Em meio a essa sensacional polêmica do embate entre o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a
imprensa se mobiliza e fica procurando aqui e ali novas informações.
Há muitas ilações sobre o empolgante caso, mas aqui no Blog da Tribuna os colunistas preferem trabalhar em cima de fatos, porque fatos são indiscutíveis, incontestáveis. E o repórter Felipe Seligman, da Folha de S. Paulo, tanto buscou que acabou descobrindo um belo fato – este ano, nos primeiros quatro meses, pelo menos cinco dos onze ministros do Supremo se encontraram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Gilmar Mendes, que afirma ter discutido sobre o julgamento do mensalão, os outros quatro ministros que estiveram com o ex-presidente, todos indicados ao Supremo pelo próprio Lula, são Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto.
Como se sabe, Lula esteve doente e em tratamento muito sério durante todo o início deste ano. Por isso é surpreendente que tenha encontrado tempo e disposição para se encontrar com cinco ministros do Supremo em apenas quatro meses. Colocou sua própria saúde em jogo. Isso não é especulação, é um fato.
Outro fato interessante, que virou especulação, foi a demora do ministro Gilmar Mendes em acionar a Veja e dar declarações sobre o encontro armado por Nelson Jobim (olha outro fato aí, gente!). Como se sabe, a principal crítica a Mendes é de que o ministro demorou quase um mês para desabafar. Mas não é bem assim.
O fato é que a Veja, por ser uma revista semanal, tem de ser produzida com certa antecedência. Além disso, um assunto explosivo como esse precisa ser tratado com cautela. Antes de publicar a matéria, a Veja quis ouvir o ex-ministro Nelson Jobim, e a princípio ele não aceitou dar entrevista. Tanto isso é verdade que pois a revista teve de recorrer a José Serra, que é amigo dele, para que aceitasse ser ouvido. Ou seja, os dias foram passando. Assim , o cálculo de um mês é totalmente exagerado, e isso é um outro fato.
Por fim, mais um fato: Lula continua fugindo da imprensa e se calando sobre o caso do mensalão. Por quê?
04 de junho de 2012
Carlos Newton
Há muitas ilações sobre o empolgante caso, mas aqui no Blog da Tribuna os colunistas preferem trabalhar em cima de fatos, porque fatos são indiscutíveis, incontestáveis. E o repórter Felipe Seligman, da Folha de S. Paulo, tanto buscou que acabou descobrindo um belo fato – este ano, nos primeiros quatro meses, pelo menos cinco dos onze ministros do Supremo se encontraram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Gilmar Mendes, que afirma ter discutido sobre o julgamento do mensalão, os outros quatro ministros que estiveram com o ex-presidente, todos indicados ao Supremo pelo próprio Lula, são Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto.
Como se sabe, Lula esteve doente e em tratamento muito sério durante todo o início deste ano. Por isso é surpreendente que tenha encontrado tempo e disposição para se encontrar com cinco ministros do Supremo em apenas quatro meses. Colocou sua própria saúde em jogo. Isso não é especulação, é um fato.
Outro fato interessante, que virou especulação, foi a demora do ministro Gilmar Mendes em acionar a Veja e dar declarações sobre o encontro armado por Nelson Jobim (olha outro fato aí, gente!). Como se sabe, a principal crítica a Mendes é de que o ministro demorou quase um mês para desabafar. Mas não é bem assim.
O fato é que a Veja, por ser uma revista semanal, tem de ser produzida com certa antecedência. Além disso, um assunto explosivo como esse precisa ser tratado com cautela. Antes de publicar a matéria, a Veja quis ouvir o ex-ministro Nelson Jobim, e a princípio ele não aceitou dar entrevista. Tanto isso é verdade que pois a revista teve de recorrer a José Serra, que é amigo dele, para que aceitasse ser ouvido. Ou seja, os dias foram passando. Assim , o cálculo de um mês é totalmente exagerado, e isso é um outro fato.
Por fim, mais um fato: Lula continua fugindo da imprensa e se calando sobre o caso do mensalão. Por quê?
04 de junho de 2012
Carlos Newton
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