A semana será sonora na CPI do Cachoeira. Julgando-se vítimas de uma orquestração da imprensa, da PF, do Ministério Público e dos respectivos rivais políticos, os governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF) terão a oportunidade de levar a boca ao trombone. O tucano depõe nesta terça (12). O petista, na quarta (13).
Na quinta (14), a CPI fará mais uma de suas sessões administrativas. Nesse encontro, cada membro da comissão tocará corneta por seus requerimentos. O líder tucano Alvaro Dias (PR), por exemplo, cobrará do colega Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI, um compromisso assumido há coisa de duas semanas.
Alvaro protolou na mesa da CPI pedidos de “preferência” para a votação dos requerimentos de convocação e de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Fernando Cavendish. Vital comprometera-se a atendê-lo. Disse que, na primeira janela de despachos administrativos, levaria o dono da Delta ao parapeito.
Mantida a palavra, vai-se saber qual é o tamanho da infantaria do governador pemedebê Sérgio Cabral (Rio) na CPI. Quem estiver com Cabral dirá “não” aos requerimentos anti-Cavendish.
Noutra frente, o relator petista da CPI, Odair Cunha (MG), planeja requerer a votação de um pedido de abertura das contas e dos dados fiscais e telefônicos do tucano Perillo. Não são negligenciáveis as chances de que uma investida anule a outra.
De resto, entre os inúmeros requerimentos pendentes de apreciação há uma dezena de pedidos de convocação de Luiz Antonio Pagot, o radioativo ex-diretor do Dnit. Em entrevistas, Pagot ligou o ventilador. Soprou na direção das arcas de José Serra e de Dilma Rousseff. Colocou-se “à disposição” da CPI. Quer falar. Logo, logo a platéia saberá quantos desejam ouvi-lo.
josias de souza, noticias uol
11 de junho de 2012
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