Há uma linda música, mexicana, se não me engano, um bolerão que ouvia em
minha mocidade, denominada “Angelitos negros”. Costumava meditar sobre a letra
da canção e, de fato, os pintores clássicos jamais pintaram anjos negros.
Introjetou-se no coletivo que a cor negra personifica o mal; e o branco, o bem. Assim, o diabo é um anjo negro com chifres, enquanto as virgens e os anjos bons são alvos. As pombas da paz são brancas, a neve é branca, e o céu tempestuoso é negro….
E se pensarmos que o branco nem é cor… Por extensão tal divisão de “cores” deve ter se estendido aos africanos negros.
Quando se trata de etnias o preconceito vem embutido e não creio que se possa fazer algo contra isto em nível de lógica.
Se alguém implica com o cigano, com o negro, com o indiano, com o nordestino, com o hispânico, com o árabe, com o judeu etc., apenas se deve desprezar tal imbecilidade, ignorando-a.
O que se exige, sim, e isto é inegociável, é que todos sejam tratados com respeito e classificados pela meritocracia de suas respectivas capacidades.
O que percebo, porém, com tristeza, é que ultimamente se vem incentivando o ódio racial – não apenas o preconceito – em nosso país tão acolhedor.
Há dias assistia pela TV a um dirigente de alguma entidade africana afirmando que o Brasil é negro e que a África deve ser levada para o sul do país… No que desemboca a falta de educação, – no sentido amplo do termo – pensei cá com minha sombra.
Há um colunista global que costuma falar da “cor brasileira”, referindo-se às mulatas. Não sei o que significa esse besteirol e considero o “elogio” feito às mulatas de atributos calipígios,um desrespeito ao sexo feminino
Nem me dignei dirigir um protesto a este pobre de espírito e pensamento, porque o tempo de vida que me resta, procuro gastá-lo com o que valha a pena.
O Brasil é mestiço, queiramos ou não, mas não somos formados apenas pela mescla de portugueses e africanos negros.
E as outras correntes migratórias que nos enriqueceram? Os árabes fugidos do domínio otomano cruel, quanto contribuíram para nossa cultura e formação, adentrando o país como mascates, desbravando rincões do interior do país?
E que dizer dos italianos ? E os japoneses, que no Brasil constituem a maior comunidade fora do Japão??
E os alemães, os açorianos etc. etc?
Pior que o preconceito, velado ou não, é a ignorância – sobretudo a endinheirada – e pior, quando esta chega ao poder e/ou pretende legislar.
Magdala Domingues Costa
11 de junho de 2012
Introjetou-se no coletivo que a cor negra personifica o mal; e o branco, o bem. Assim, o diabo é um anjo negro com chifres, enquanto as virgens e os anjos bons são alvos. As pombas da paz são brancas, a neve é branca, e o céu tempestuoso é negro….
E se pensarmos que o branco nem é cor… Por extensão tal divisão de “cores” deve ter se estendido aos africanos negros.
Quando se trata de etnias o preconceito vem embutido e não creio que se possa fazer algo contra isto em nível de lógica.
Se alguém implica com o cigano, com o negro, com o indiano, com o nordestino, com o hispânico, com o árabe, com o judeu etc., apenas se deve desprezar tal imbecilidade, ignorando-a.
O que se exige, sim, e isto é inegociável, é que todos sejam tratados com respeito e classificados pela meritocracia de suas respectivas capacidades.
O que percebo, porém, com tristeza, é que ultimamente se vem incentivando o ódio racial – não apenas o preconceito – em nosso país tão acolhedor.
Há dias assistia pela TV a um dirigente de alguma entidade africana afirmando que o Brasil é negro e que a África deve ser levada para o sul do país… No que desemboca a falta de educação, – no sentido amplo do termo – pensei cá com minha sombra.
Há um colunista global que costuma falar da “cor brasileira”, referindo-se às mulatas. Não sei o que significa esse besteirol e considero o “elogio” feito às mulatas de atributos calipígios,um desrespeito ao sexo feminino
Nem me dignei dirigir um protesto a este pobre de espírito e pensamento, porque o tempo de vida que me resta, procuro gastá-lo com o que valha a pena.
O Brasil é mestiço, queiramos ou não, mas não somos formados apenas pela mescla de portugueses e africanos negros.
E as outras correntes migratórias que nos enriqueceram? Os árabes fugidos do domínio otomano cruel, quanto contribuíram para nossa cultura e formação, adentrando o país como mascates, desbravando rincões do interior do país?
E que dizer dos italianos ? E os japoneses, que no Brasil constituem a maior comunidade fora do Japão??
E os alemães, os açorianos etc. etc?
Pior que o preconceito, velado ou não, é a ignorância – sobretudo a endinheirada – e pior, quando esta chega ao poder e/ou pretende legislar.
Magdala Domingues Costa
11 de junho de 2012
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