"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 11 de junho de 2012

O MISTÉRIO DE ROANOKE


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Persiste o mistério de quatro séculos a respeito do destino dos colonizadores de Roanoke (Reprodução/Internet)
Marcas que podem estar relacionadas à 'colônia perdida' de Roanoke foram encontradas embaixo de um pequeno remendo de papel afixado a um mapa de 1585

Pistas sobre o destino de uma colônia do século XVI estabelecida pela coroa inglesa podem estar escondidas sob um campo de golfe na costa da Carolina do Norte projetado por um dos reis norte-americanos do esporte, Arnold Palmer.
Marcas que podem estar relacionadas à “colônia perdida” de Roanoke foram encontradas embaixo de um pequeno remendo de papel afixado a uma aquarela, que retrata um mapa incomumente preciso da costa da Carolina do Norte.
O mapa foi feito pelo cartógrafo de uma expedição enviada por Sir Walter Raleigh em 1585 para estabelecer a primeira colonia inglesa no Novo Mundo.

Com o uso de luz infravermelha, espectroscopia de raios-X e outras tecnologias sofisticadas, pesquisadores descobriram que um dos dois remendos de papel no mapa “Virginea Pars”, que fica no British Museum, encobria duas marcas, incluindo uma estrela de quatro pontas no encontro dos rios Chowan e Roanoke, a cerca de 80 km de onde os ingleses originalmente aportaram na ilha Roanoke. A estrela pode marcar um forte ou o lugar onde se planejava construir um.

A área, que arqueólogos pretendem explorar, é hoje um resort de golfe perto de Edenton. Pode ser que este campo forneça evidências para revelar o que aconteceu aos 118 colonizadores que desapareceram após o homem que liderou a segunda expedição e também fez o mapa original, John White, voltar para a Inglaterra em busca de suprimentos, em 1587.
Ele retornou três anos depois e encontrou o forte abandonado. Não havia sinais dos colonizadores, que incluíam a neta de White, Virginia Dare, a primeira criança inglesa a nascer nos Estados Unidos.

O mistério de quatro séculos a respeito do destino dos colonizadores tornou-se um grande negócio. Encenações a céu aberto de uma peça de 1937 são um ímã para milhares de visitantes das terras baixas da Carolina do Norte, um destino de férias requisitado.

O enigma também inspira estudiosos. Em 2004, arqueólogos e historiadores criaram a Fundação First Colony para pesquisar as primeiras incursões inglesas no Novo Mundo. Foi um membro da fundação, Brent Lane, um professor de administração na Universidade da Carolina do Norte, que estudou o mapa de John White.
Lane se interessou especialmente pelos dois remendos, descobrindo que o British Museum nunca havia determinado o que estava embaixo deles, ainda que o mapa pertencesse à sua coleção desde 1866 e tivesse sido exibido em 2007 como parte da comemoração dos quatro séculos de Jamestown, Virginia, local da primeira colônia inglesa permanente nos EUA. Que comecem as escavações.

11 de junho de 2012

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