A Espanha bem que resistiu. Mas o resgate foi inevitável. E o país ibérico
receberá até 100 bilhões de euros para recapitalizar o sistema bancário, ou “la
banca”, como falam por aqui, em uma reunião de emergência capitaneada sábado
pelo ministro da Economia, Luis de Guindos.
A operação salva-vidas das instituições financeiras espanholas, contudo, não ocorrerá nos mesmos moldes da executada na Grécia, Irlanda e Portugal onde foi implantada a chamada “troika”, nome dado à intervenção direta da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) nesses países.
No caso da Espanha, o resgate foi “tucanado”, como se costuma dizer no Brasil. Assim, a Espanha receberá o socorro bilionário, mas sem perder sua autonomia política, apesar de ter sido imposta a obrigação de fazer uma prestação de contas super detalhada à União Europeia de todas as reformas para redução de gastos implantados no governo do presidente Mariano Rajoy.
Foi feita uma manobra para que o capital de salvação dos bancos seja injetado nas instituições por meio de uma triangulação através do Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (Frob). Ocorrerá da seguinte forma: em vez de entrar o dinheiro direto para o governo ou para os bancos, os recursos serão depositados nesse fundo e depois serão repassados aos bancos.
Muitos especialistas consideraram acertada a alternativa adotada, pois será usado um mecanismo legítimo para socorrer aos bancos, sem que o país perca sua autonomia. E isso o país não queria de jeito nenhum. A razão principal? Orgulho. Isso mesmo.
Apesar de ser nítida a situação difícil que a Espanha tem atravessado de recessão econômica e índices de desemprego alarmantes, afetaria diretamente o brio dos espanhóis, que viveram muitos períodos de bonança e foram os conquistadores da América. Ouvi de um jornalista espanhol de peso que colocar a Espanha no mesmo patamar de países como a Grécia seria uma “grande humilhação”.
Karla Mendes, Estadão
12 de junho de 2012
A operação salva-vidas das instituições financeiras espanholas, contudo, não ocorrerá nos mesmos moldes da executada na Grécia, Irlanda e Portugal onde foi implantada a chamada “troika”, nome dado à intervenção direta da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) nesses países.
No caso da Espanha, o resgate foi “tucanado”, como se costuma dizer no Brasil. Assim, a Espanha receberá o socorro bilionário, mas sem perder sua autonomia política, apesar de ter sido imposta a obrigação de fazer uma prestação de contas super detalhada à União Europeia de todas as reformas para redução de gastos implantados no governo do presidente Mariano Rajoy.
Foi feita uma manobra para que o capital de salvação dos bancos seja injetado nas instituições por meio de uma triangulação através do Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (Frob). Ocorrerá da seguinte forma: em vez de entrar o dinheiro direto para o governo ou para os bancos, os recursos serão depositados nesse fundo e depois serão repassados aos bancos.
Muitos especialistas consideraram acertada a alternativa adotada, pois será usado um mecanismo legítimo para socorrer aos bancos, sem que o país perca sua autonomia. E isso o país não queria de jeito nenhum. A razão principal? Orgulho. Isso mesmo.
Apesar de ser nítida a situação difícil que a Espanha tem atravessado de recessão econômica e índices de desemprego alarmantes, afetaria diretamente o brio dos espanhóis, que viveram muitos períodos de bonança e foram os conquistadores da América. Ouvi de um jornalista espanhol de peso que colocar a Espanha no mesmo patamar de países como a Grécia seria uma “grande humilhação”.
Karla Mendes, Estadão
12 de junho de 2012
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