O Instituto Ludwing Von Mises Brasil, cujo site é de visita obrigatória, publicou um excelente artigo de Kel Kelly (vide perfil ao final do post), que tem por título uma indagação: "Estamos ficando sem comida?".
De forma simples e sem rodeios vai diretamente ao ponto: sempre que a comida desaparece é porque aparecem os governos se intrometendo no mercado. É um texto que deveria estar publicado nos jornais da grande imprensa.
Todavia os editores da mídia tradicional - jornalões, rádios e televisões - invariavelmente são pautados pelo pensamento de viés comunista que, a despeito da desgraça que castiga todos os Estados totalitários com a escassez dos gêneros alimentícios, continuam abrindo espaço para editoriais, artigos e reportagens que pregam a intervenção estatal em todos os domínios da vida social.
Tanto é que gente da laia de Paul Krugman e similares têm espaço garantido na imprensa em nível internacional. A grande mídia, como tenho afirmado de forma recorrente aqui no blog, transformou-se por isso mesmo, num fantástico aparelho de lavagem cerebral comunista.
Não há um dia em que a grande mídia não destile - pasmem - o seu ódio e ogeriza à liberdade, sobretudo à liberdade econômica, estando aí, como não poderia deixar de ser, implicada a liberdade política.
Portanto sobra, por enquanto, a internet onde é possível encontrar um contraponto oportuno a esse festival de iniqüidades que é difundido como verdade absoluta. Por isso vale a pena ler este artigo. Transcrevo os parágrafos iniciais com link para a continuação da leitura. É também um convite para que leiam os textos que estão lá no site do Instituto Ludwig Von Mises Brasil. Leiam:
Paul Krugman escreveu no The New York Times, de 7 de abril, que há uma escassez de comida no mundo, acompanhada de preços galopantes. Por causa disso, as pessoas pobres da África e de outros lugares estão famintas. Ele sugere que isso aconteceu principalmente pelas seguintes razões:
- nova demanda por comida por parte da China
- alta do preço do petróleo
- tempo ruim em importantes áreas agrícolas (principalmente na Austrália)
- redução de terras cultiváveis disponíveis para o plantio de alimentos - em prol do cultivo de biocombustíveis, com o propósito de fornecer fontes alternativas e (dizem) ambientalmente limpas, como o etanol
A solução que Krugman aponta para esses problemas é que entreguemos mais do nosso dinheiro para o governo, para que assim ele possa resolver o problema que o mercado é aparentemente incapaz de solucionar.
Agora, vamos ver o verdadeiro cenário:
Independente de alguém achar que os fatores listados acima têm um papel importante na escassez mundial de alimentos, existem de fato dois fatores de primordial importância relacionados aos custos e à escassez de alimentos, e Krugman não os menciona e talvez nem saiba deles.
Primeiro: a causa essencial de qualquer escassez é a ausência de um livre mercado, já que uma verdadeira escassez não tem como surgir em um ambiente de genuíno livre mercado.
Ao contrário, mesmo que os preços dos bens aumentassem quando a oferta começasse a se reduzir, ainda assim esses bens em questão estariam sempre disponíveis a algum preço - e quanto mais alto fosse esse preço, mais a oferta aumentaria para se igualar à demanda, o que iria obviamente reduzir os preços.
Se tivéssemos um livre mercado mundial, os alimentos seriam exportados de alguns países, como os EUA e a Europa, onde a comida é abundante, para os países onde ela está em falta. Isso aconteceria porque seria lucrativo enviar bens para áreas necessitadas como a África, onde escassezes estariam fazendo os preços subir.
O fato de isso não estar acontecendo agora só pode ser resultado de controles de preços feitos pelo governo (o que impede os preços de subirem nos países necessitados), de restrições comerciais, ou de alguma outra barreira governamental que impede as pessoas de conseguir o que elas querem.
O Banco Mundial citou uma lista de 21 países que adotam controle de preços sobre artigos básicos. Todos nós nos lembramos das histórias sobre pessoas famintas na Etiópia na década de 1980, quando 3 milhões de pessoas estavam sofrendo de inanição.
O que ninguém falou era que havia 60 milhões de pessoas na Etiópia na mesma época que não foram afetadas pela fome. O transporte de comida de uma parte do país, onde ela era abundante, para outra parte, afetada pela seca, foi impedida por um conflito entre o governo e grupos rebeldes perto da área castigada pela seca.
Os incentivos econômicos foram inibidos por várias ações governamentais, como a retenção forçada de suprimentos de comida (para que os soldados rebeldes não tivessem acesso aos suprimentos), o controle de preços, o banimento em grande parte do país da venda de grãos por atacado, e a proibição da venda privada de produtos ou maquinarias agrícolas. Uma situação similar ocorreu no Zimbábue no início da década de 2000.
O economista indiano Amartya Sen ganhou o Prêmio Nobel ao demonstrar que a maioria dos casos de fome é causada não pela escassez de comida, mas pelas intromissões imprudentes dos governos no funcionamento dos mercados. Clique AQUI para continuar lendo o artigo completo
12 de junho de 2012
in aluizio amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário