Comentário: Lula, sem a faixa presidencial no peito, virou um tiro no pé para o PT. Onde põe a mão, abre uma crise. Começou com a CPI do Cachoeira, passou pela indicação de Haddad, preterindo Marta Suplicy que tinha mais de 30% de pretensões de voto, destruiu o partido no Recife e, agora, comanda uma aliança com Maluf, pessoalmente, com direito à foto e gargalhadas, levando Erundina a desistir de ser vice. Lula é o homem crise.
Um dia depois da feijoada que selou o apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP), o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, perdeu a sua vice. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), 77, abandonou ontem a chapa em protesto contra a aliança com o ex-rival. A decisão agrava a crise na campanha petista, que passou a enfrentar cobranças de sua própria militância e terá que correr em busca de um substituto para a ex-prefeita.
Em reunião com a cúpula do PSB em Brasília, Erundina disse que não aceitava a ligação com Maluf, a quem acusou de corrupto e aliado da ditadura militar. Ela reclamou das fotos do ex-prefeito ao lado de Haddad e do ex-presidente Lula, que articulou o acordo para ampliar o tempo de TV de seu afilhado em 1min35s. Lula e o presidente do PSB, Eduardo Campos, deram aval ao rompimento. Disseram a aliados que a permanência da vice causaria mais problemas a Haddad que sua saída. "Se ela permanecesse, seria crise todo dia. Ela seria sempre questionada sobre a presença de Maluf. Seria um ponto permanente de instabilidade", afirmou Campos.
A ex-prefeita disse ao portal G1 que deixa a chapa, mas vai "continuar apoiando a candidatura" de Haddad. O petista acompanhou o encontro à distância e soube do desfecho por telefone. Ele lamentou a saída de Erundina, mas disse que ela já sabia da negociação com Maluf ao ser anunciada como sua candidata a vice, na sexta-feira. "Estou muito confortável com o telefonema do Eduardo [Campos], embora lamente a decisão da companheira Erundina", afirmou Haddad. "Eu não gostei. Gostaria que ela permanecesse."
Ele disse não se arrepender da aliança com o ex-prefeito e repetiu o argumento de que o PP integra a base de apoio ao governo Dilma Rousseff. "Como um partido que apoia o governo federal pode não servir para nos apoiar no plano municipal? Não faz o menor sentido do ponto da democracia moderna." Antes de se reunir com Erundina, Campos consultou Haddad sobre a hipótese de retirar a indicação da vice. O petista disse que desejava a permanência dela e pediu ao aliado que a convencesse de aceitar o acordo com o PP. A ex-prefeita ficou irredutível e reconheceu que sua permanência causaria novos problemas à campanha.
Haddad disse não ter um "plano B" para substituir a socialista. Só descartou um vice do PP de Maluf. À noite, eram cotados o advogado Pedro Dallari e a deputada Keiko Ota, ambos do PSB. Corria por fora o ex-jogador Marcelinho Carioca, suplente de deputado pela sigla. PC do B, que indicou a deputada estadual Leci Brandão, será consultado. O vereador Juscelino Gadelha (PSB) lamentou a saída de Erundina, mas disse que a posição dela foi minoritária no partido. "Vamos fazer campanha com o Maluf, sem problema nenhum." (Folha)
Um dia depois da feijoada que selou o apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP), o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, perdeu a sua vice. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), 77, abandonou ontem a chapa em protesto contra a aliança com o ex-rival. A decisão agrava a crise na campanha petista, que passou a enfrentar cobranças de sua própria militância e terá que correr em busca de um substituto para a ex-prefeita.
Em reunião com a cúpula do PSB em Brasília, Erundina disse que não aceitava a ligação com Maluf, a quem acusou de corrupto e aliado da ditadura militar. Ela reclamou das fotos do ex-prefeito ao lado de Haddad e do ex-presidente Lula, que articulou o acordo para ampliar o tempo de TV de seu afilhado em 1min35s. Lula e o presidente do PSB, Eduardo Campos, deram aval ao rompimento. Disseram a aliados que a permanência da vice causaria mais problemas a Haddad que sua saída. "Se ela permanecesse, seria crise todo dia. Ela seria sempre questionada sobre a presença de Maluf. Seria um ponto permanente de instabilidade", afirmou Campos.
A ex-prefeita disse ao portal G1 que deixa a chapa, mas vai "continuar apoiando a candidatura" de Haddad. O petista acompanhou o encontro à distância e soube do desfecho por telefone. Ele lamentou a saída de Erundina, mas disse que ela já sabia da negociação com Maluf ao ser anunciada como sua candidata a vice, na sexta-feira. "Estou muito confortável com o telefonema do Eduardo [Campos], embora lamente a decisão da companheira Erundina", afirmou Haddad. "Eu não gostei. Gostaria que ela permanecesse."
Ele disse não se arrepender da aliança com o ex-prefeito e repetiu o argumento de que o PP integra a base de apoio ao governo Dilma Rousseff. "Como um partido que apoia o governo federal pode não servir para nos apoiar no plano municipal? Não faz o menor sentido do ponto da democracia moderna." Antes de se reunir com Erundina, Campos consultou Haddad sobre a hipótese de retirar a indicação da vice. O petista disse que desejava a permanência dela e pediu ao aliado que a convencesse de aceitar o acordo com o PP. A ex-prefeita ficou irredutível e reconheceu que sua permanência causaria novos problemas à campanha.
Haddad disse não ter um "plano B" para substituir a socialista. Só descartou um vice do PP de Maluf. À noite, eram cotados o advogado Pedro Dallari e a deputada Keiko Ota, ambos do PSB. Corria por fora o ex-jogador Marcelinho Carioca, suplente de deputado pela sigla. PC do B, que indicou a deputada estadual Leci Brandão, será consultado. O vereador Juscelino Gadelha (PSB) lamentou a saída de Erundina, mas disse que a posição dela foi minoritária no partido. "Vamos fazer campanha com o Maluf, sem problema nenhum." (Folha)
20 de junho de 2012
in coroneLeaks
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