"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 20 de junho de 2012

A SOMBRIA REALIDADE DA DESTRUIÇÃO AMBIENTAL

Para retratar o contexto de sombria realidade da situação ambiental do planeta, em meio às promessas que só o futuro dirá se serão cumpridas, aqui vale ressaltar a recente declaração do secretário-geral da Rio-92, Maurice Strong, durante o evento comemorativo dos 20 anos daquela conferência:
“Isso que vocês chamam de celebração na verdade não mostra nada a ser comemorado. Estamos mais distante do nosso caminho que há 20 anos” disse.

Para corroborar as declarações de Strong, a jornalista Miriam Leitão, especializada em economia, lembra que da Rio-92 até a Rio+20, o Brasil destruiu, na Amazônia, 328 mil quilômetros quadrados de floresta. Uma vastidão equivalente à soma dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, e ainda temos a segunda maior taxa de desmatamento do mundo depois da Indonésia.

A pergunta é: comemorar realmente o quê? A julgar pela realista declaração de Maurice Strong e pela preocupante afirmação da jornalista, a Baía de Guanbara e a Lagoa de Jacarepaguá permanecerão (ad eternum) fétidas e imundas e os bilhões de habitantes do planeta, no final deste século, serão, juntamente com os animais, espécies em extinção, submetidos às piores intempéries, à fome e à sede. A Terra será então um planeta extinto. Quem sobreviver verá.

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