É uma vergonha a participação das potências européias na insurgência dos países árabes. A Inglaterra dividiu e enfraqueceu os povos muçulmanos impedindo a unidade árabe. Depois os americanos, a nova potência que emergiu após a segunda guerra, também trilharam esse caminho da divisão.
Para impedir o retorno da unidade viabilizada pelo presidente Nasser do Egito, foram estimulados golpes de Estado em série nos países árabes. E agora, depois de décadas de controle dos militares golpistas (Mubarack, Kadafi, Assad e Hussein) no Egito, Líbia, Síria e Iraque, chegou a hora de mudar para que tudo fique na mesma.
O enredo está traçado: cria-se um vácuo de poder, que desestabiliza a sociedade através da guerra civil e depois advém novo golpe de Estado para a continuidade do colonialismo.
Esse roteiro começa a dar sinais claros com a tomada do parlamento pelos militares egípcios, com apoio da Suprema Corte do país. Primeiro, o Parlamento cai nas mãos dos autoritários do antigo regime, que não o entregarão à Irmandade Muçulmana tão facilmente. Logo depois tomam conta de tudo em nome da estabilidade e da ordem interna.
Só não vê quem não quer ou quem acredita em milagres na política. Nações não têm amigos; somente – e tão somente – interesses. Desde os tempos imemoriais.
Para impedir o retorno da unidade viabilizada pelo presidente Nasser do Egito, foram estimulados golpes de Estado em série nos países árabes. E agora, depois de décadas de controle dos militares golpistas (Mubarack, Kadafi, Assad e Hussein) no Egito, Líbia, Síria e Iraque, chegou a hora de mudar para que tudo fique na mesma.
O enredo está traçado: cria-se um vácuo de poder, que desestabiliza a sociedade através da guerra civil e depois advém novo golpe de Estado para a continuidade do colonialismo.
Esse roteiro começa a dar sinais claros com a tomada do parlamento pelos militares egípcios, com apoio da Suprema Corte do país. Primeiro, o Parlamento cai nas mãos dos autoritários do antigo regime, que não o entregarão à Irmandade Muçulmana tão facilmente. Logo depois tomam conta de tudo em nome da estabilidade e da ordem interna.
Só não vê quem não quer ou quem acredita em milagres na política. Nações não têm amigos; somente – e tão somente – interesses. Desde os tempos imemoriais.
Roberto Nascimento
20 de junho de 2012
20 de junho de 2012
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