UM PARTIDO ELÉTRICO
O PSDB é um partido elétrico. Nasceu na Eletropaulo. Ali começou a se estruturar, a partir de 83, o projeto de criação de um novo partido, fora do PMDB, cuja legenda para presidente da República, nas primeiras eleições que houvesse, já tinha donos: Ulysses ou Tancredo.
Franco Montoro tinha sido eleito governador de São Paulo, Fernando Henrique assumiu o Senado na vaga dele, Covas foi nomeado prefeito e José Serra era o supersecretário do Planejamento, um primeiro-ministro estadual. Faltava ao grupo uma legenda para preparar o futuro.
Aparece Sérgio Motta, com sua gordura e sua garra, um trator para toda obra. Amigo de Fernando Henrique e Serra, desde que os dois moravam no Chile, Serra exilado de verdade, dando aulas, Fernando Henrique de mentira, funcionário da ONU. Daqui, Serjão arranjava dinheiro e mandava para os dois.
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O GOLPE DE SERJÃO
Sérgio Motta tinha experiência de fazer dinheiro com governo. Em 78, foi o tesoureiro da campanha de Fernando Henrique ao Senado. Logo depois, no governo Figueiredo, deu o grande golpe. Conseguiu apoio e dinheiro com o general Golbery e criou a Coalbra, usinas antiecológicas importadas da União Soviética, para fazer alccol de madeira. Um dos diretores era o então jovem economista Paulo Renato.
Apesar da oposição do vice Aureliano Chaves, coordenador da área de energia no governo, Golbery e Serjão arrancaram a aprovação do ministro de Minas e Energia, César Cals. Jamais funcionou e a carcaça fantasma está lá até hoje, em Uberlândia. O prejuízo do governo foi de US$ 200 milhões.
Nunca mais Sérgio Motta e sua turma foram pobres nem fracos.
Quando Montoro se elegeu governador em 82, Fernando Henrique, Covas e Serra indicaram Serjão para dirigir a poderosa e riquíssima Eletropaulo. E passou a comandar o projeto econômico, financeiro e político do grupo.
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CONTRA ULYSSES E TANCREDO
A Eletropaulo era o grande baú. Em 85, Serjão dirigiu a campanha de Fernando Henrique para prefeito de São Paulo. Perdeu para Jânio. Em 86, comandou a campanha para senador. Ganhou. Na Constituinte, Fernando Henrique tentou ser o relator-geral pelo PMDB. Ganhou Bernardo Cabral.
Em 88, mal era aprovada a nova Constituição, com a convocação de eleições presidenciais para 89, a turma não queria Ulysses nem Tancredo, já tinha Covas como candidato, mas não havia como lhes tomar a legenda do PMDB. Reuniram-se para criar o PSDB: Montoro, Covas, José Richa, Fernando Henrique, Serra, Tasso Jereissati, Pimenta da Veiga, Artur da Távola.
Em 89, fracassaram. Derrotaram Ulysses (4,43% dos votos) e Covas perdeu feio (10,78%). Collor ganhou no País (28,52%), mas também em São Paulo, capital e interior (23,42% contra 21,80% de Covas).
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A MORTE DOS TRÊS
Em 90, insistiram com Covas para governador, derrotado por Quércia, que elegeu Fleury. Em 94, afinal, Itamar, com o Real, salva o grupo: Fernando Henrique presidente, Covas governador, Serra senador.
Serjão deu o golpe em Pimenta da Veiga, ficou com as sobras da campanha e lhe tomou a presidência do partido, arranjou a Fazenda Buritys, assumiu o Ministério das Comunicações para vender as teles e comprou a reeleição para executar os “20 anos de poder”.
O projeto previa Serra prefeito, para ser governador com Covas presidente em 2002. Serjão e Covas morreram, Serra herdou a candidatura, certo de que Fernando Henrique o elegeria. Foi aí que o partido elétrico começou a dar curto-circuito.
O PSDB é um partido elétrico. Nasceu na Eletropaulo. Ali começou a se estruturar, a partir de 83, o projeto de criação de um novo partido, fora do PMDB, cuja legenda para presidente da República, nas primeiras eleições que houvesse, já tinha donos: Ulysses ou Tancredo.
Franco Montoro tinha sido eleito governador de São Paulo, Fernando Henrique assumiu o Senado na vaga dele, Covas foi nomeado prefeito e José Serra era o supersecretário do Planejamento, um primeiro-ministro estadual. Faltava ao grupo uma legenda para preparar o futuro.
Aparece Sérgio Motta, com sua gordura e sua garra, um trator para toda obra. Amigo de Fernando Henrique e Serra, desde que os dois moravam no Chile, Serra exilado de verdade, dando aulas, Fernando Henrique de mentira, funcionário da ONU. Daqui, Serjão arranjava dinheiro e mandava para os dois.
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O GOLPE DE SERJÃO
Sérgio Motta tinha experiência de fazer dinheiro com governo. Em 78, foi o tesoureiro da campanha de Fernando Henrique ao Senado. Logo depois, no governo Figueiredo, deu o grande golpe. Conseguiu apoio e dinheiro com o general Golbery e criou a Coalbra, usinas antiecológicas importadas da União Soviética, para fazer alccol de madeira. Um dos diretores era o então jovem economista Paulo Renato.
Apesar da oposição do vice Aureliano Chaves, coordenador da área de energia no governo, Golbery e Serjão arrancaram a aprovação do ministro de Minas e Energia, César Cals. Jamais funcionou e a carcaça fantasma está lá até hoje, em Uberlândia. O prejuízo do governo foi de US$ 200 milhões.
Nunca mais Sérgio Motta e sua turma foram pobres nem fracos.
Quando Montoro se elegeu governador em 82, Fernando Henrique, Covas e Serra indicaram Serjão para dirigir a poderosa e riquíssima Eletropaulo. E passou a comandar o projeto econômico, financeiro e político do grupo.
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CONTRA ULYSSES E TANCREDO
A Eletropaulo era o grande baú. Em 85, Serjão dirigiu a campanha de Fernando Henrique para prefeito de São Paulo. Perdeu para Jânio. Em 86, comandou a campanha para senador. Ganhou. Na Constituinte, Fernando Henrique tentou ser o relator-geral pelo PMDB. Ganhou Bernardo Cabral.
Em 88, mal era aprovada a nova Constituição, com a convocação de eleições presidenciais para 89, a turma não queria Ulysses nem Tancredo, já tinha Covas como candidato, mas não havia como lhes tomar a legenda do PMDB. Reuniram-se para criar o PSDB: Montoro, Covas, José Richa, Fernando Henrique, Serra, Tasso Jereissati, Pimenta da Veiga, Artur da Távola.
Em 89, fracassaram. Derrotaram Ulysses (4,43% dos votos) e Covas perdeu feio (10,78%). Collor ganhou no País (28,52%), mas também em São Paulo, capital e interior (23,42% contra 21,80% de Covas).
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A MORTE DOS TRÊS
Em 90, insistiram com Covas para governador, derrotado por Quércia, que elegeu Fleury. Em 94, afinal, Itamar, com o Real, salva o grupo: Fernando Henrique presidente, Covas governador, Serra senador.
Serjão deu o golpe em Pimenta da Veiga, ficou com as sobras da campanha e lhe tomou a presidência do partido, arranjou a Fazenda Buritys, assumiu o Ministério das Comunicações para vender as teles e comprou a reeleição para executar os “20 anos de poder”.
O projeto previa Serra prefeito, para ser governador com Covas presidente em 2002. Serjão e Covas morreram, Serra herdou a candidatura, certo de que Fernando Henrique o elegeria. Foi aí que o partido elétrico começou a dar curto-circuito.
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