Os bancos sugam o erário e o povo. As autoridades prevaricam.
Não há segurança pessoal, nem jurídica, nem econômica.
O florentino Maquiavel nos ensina que, sendo a massa de um Estado corrupta, as boas leis não têm serventia, as más brotam a todo instante como cogumelos venenosos.
Esgota-se a fórmula do Pão & Circo.
O público está cansado dos velhos palhaços e já não acha graça em suas pantominas repetidas à náusea. Chega a hora de enfrentar a Verdade.
Num ensaio geral do juízo final, teremos em agosto o ponto de não retorno.
Só falta Cesar atravessar o Rubicão.
Alea jacta est.
Pedro Chaves é Advogado.
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Com ares proféticos, o texto anuncia os dias finais de uma república corrupta. A semelhança de Pompéia, um Vesúvio arrasará a terra republicana, punindo os pecadores e os corruptos. A Lei e a Ordem transformar-se-ão em estátuas de sal.
Fico pensando nos antigos profetas que sempre anunciaram que o Brasil estava a beira do abismo.
Cresci com a vertigem de que cairíamos nas profundezas absconsas das trevas anunciadas.
Continuamos insistentemente, tristemente, a beira do abismo. Parece uma vocação...
O jogo está feito, a sorte está lançada, e as fronteiras da sanidade brasileira, precisa de um novo Cesar para rompê-las. Resta saber quem triunfará sobre os bárbaros que assolam a República, que destroem e roubam a República.
O podres poderes caminham sobre cordeiros silenciosos, esmagados pela desesperança de um futuro melhor. Mas ainda estão se divertindo no circo, encantados com a distribuição dos pães.
Os horizontes nublados nada prometem, senão a tempestade vindoura.
Quando surgirão os heróis para punir os lobos e libertar as ovelhas?
De onde virão os vingadores dos injustiçados? Quem finalmente cantará a parábola de um novo mundo? Quem impedirá o naufrágio de César?
Pompéia esteve sob as cinzas vulcânicas por 1600 anos... O Brasil está soterrado pelos escombros do colonialismo, da bandalheira, da corrupção, das
capitanias hereditárias entricheiradas na impunidade, há 1500 anos...
Ave, Brasilia, morituri te salutant...
m.americo
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