Nesta época de vacas magras, os vigaristas aproveitam para obter alguma vantagem dos "desesperados" em busca de algum troco a mais. Assim, volta a fazer vítimas o velho golpe do "recebimento de passivos de uma entidade de previdência privada falida".
Vejam a figura abaixo (clicando nela, deve aumentar).
Em contato com o telefone citado na correspondência, o golpe fica claro: se depositar o valor da "habilitação" o recebimento do valor é imediato. Se não quiser pagar, o recebimento será por meio de "precatório" e todo mundo sabe que isso é demorado, para não dizer impossível. A atenciosa "atendente da empresa" não é capaz de dizer com certeza qual a entidade está efetuando a reparação ("é uma que quebrou há bastante tempo, eu não tenho a documentação aqui comigo ... parece que é a CAPEMI ..." mas se você cita DELFIM ela concorda) mas cita o nome de um advogado e a matrícula do mesmo na OAB/SP (o advogado realmente existe e, possivelmente seu nome está sendo usado indevidamente e, nesse caso, deveria processar os vigaristas) responsável pelo processo.
Assim, prevendo que eu não tenha sido o único alvo desse pessoal, transcrevo informação publicada em março deste ano no sítio do Centro de Pagamento do Exército (CPEx), a respeito desse tipo de fraude.
Golpe contra militares e pensionistas!
FenaPrevi alerta sobre carta falsa para tentativa de golpe!
A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) divulgou alerta sobre correspondência fraudulenta enviada a pessoas físicas com o nome da entidade. Trata-se de mais uma tentativa de golpe com base em falsa expectativa de direitos previdenciários.
Na carta, falsa, o destinatário é informado a respeito de “ÚLTIMA NOTIFICAÇÃO DE RESGATE” de suposto plano de aposentadoria complementar (ou de seguro de vida), em consequência de pretensa interdição judicial relacionada a pedido de decretação da falência de empresas nela mencionadas. Porém, a FenaPrevi lembra que a expedição de qualquer correspondência nesse sentido não está entre as suas atribuições e competências e recomenda que as instruções apresentadas na carta sejam ignoradas.
Nos últimos meses, proliferaram tentativas de golpes envolvendo a menção a planos de previdência. Tradicionalmente, as pessoas são abordadas por meio de cartas enviadas por correios ou por e-mails. É solicitada a realização de um depósito prévio com promessa de recebimento de um pagamento decorrente de suposta vitória em uma inexistente “Ação Pública”.
São citadas ações judiciais inexistentes e apresentados valores supostamente corrigidos até o fim do ano passado, destinados, exclusivamente, a atrair pessoas incautas e motivá-las a fazer depósito em conta bancária com vistas ao pagamento prévio de pretensas despesas , em geral, em valor acima de R$ 3 mil. São, também, usadas expressões jurídicas como “Pagamento Judicial”, “Acordo Judicial”, “2ª Instância” e “V.S. foi beneficiado”, colocando-se telefone para eventuais contatos.
O propósito dos estelionatários é estimular as vítimas a pagar logo as custas. Mas trata-se de um golpe e não haverá qualquer liberação de dinheiro após o depósito, porque os processos são falsos. Então a recomendação é que as possíveis vítimas desses golpes evitem o contato com estes estelionatários. Mas guardem o envelope e a carta para entregá-los às autoridades policiais. O site da Susep, a autarquia que fiscaliza e regula o mercado segurador, enumera diversos golpes semelhantes que estão ocorrendo no mercado de seguros e de previdência privada.
Fonte: Centro de Pagamento do Exército
COMENTO: é conhecido o adágio de que 'malandro de mais se atrapalha'. Assim agem os vigaristas. Oferecem uma vantagem e alguns incautos caem na armadilha sem nem mesmo se darem ao trabalho de tentar lembrar se realmente poderiam ser beneficiárias do prometido. Um exemplo: se você nunca foi associado a algum plano desses que faliram, é claro que não pode haver "ação pública" em que você é beneficiado, principalmente se você nunca patrocinou tal ação. Mas tem gente que acredita em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Lula, Tarso, etc ...
02 de julho de 2012
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