O Deutsche Bank divulgou um recente relatório que analisa as ações de países emergentes no combate à crise financeira internacional. Para a instituição, até a China tem feito mais em prol dos mercados financeiros e pensado mais a longo prazo do que o Brasil.
O estudo apontou a preocupação com o crescente intervencionismo do governo na economia brasileira, que, segundo John-Paul Smith e Mehmet Beceren, autores da análise, assusta os investidores: “Dos países que compõem os Brics, apenas a China está tentando implantar medidas amigáveis ao mercado, apesar de o sucesso delas ainda estar longe de assegurada.
As autoridades brasileiras têm sido ativas, porém se movendo para uma direção estadista em detrimento tanto do mercado financeiro quanto da saúde de longo prazo da economia”.
O economista Rodrigo Constantino comentou a crítica do banco alemão ao governo brasileiro: “A análise é pertinente devido ao excesso de medidas pontuais e arbitrárias que o governo vem tomando para lidar com o arrefecimento do crescimento econômico”.
Segundo Constantino, os pacotes anunciados são erráticos e prejudicam a competitividade: “O governo decidiu aquisição de uma enorme quantidade de caminhões, entre outros equipamentos. Com isso as ações da Marcopolo subiram 6% em um dia de queda do índice Bovespa”, afirmou.
O especialista comparou as medidas do Planalto à era Geisel: “Este tipo de seleção de ‘campeões nacionais’ é um modelo de Geisel, no qual o governo se arroga do direito de escolher setores e até mesmo empresas que vão sair ganhando com as benesses oficiais.
Este tipo de atitude afugenta investidores, assustados com a instabilidade da economia e incentiva às empresas a seguirem o modelo dos ‘amigos do Rei’”. Constantino ironiza: “A solução é se aproximar de Brasília tendo em vista ajudas setoriais e dinheiro do BNDES”.
02 de julho de 2012
O estudo apontou a preocupação com o crescente intervencionismo do governo na economia brasileira, que, segundo John-Paul Smith e Mehmet Beceren, autores da análise, assusta os investidores: “Dos países que compõem os Brics, apenas a China está tentando implantar medidas amigáveis ao mercado, apesar de o sucesso delas ainda estar longe de assegurada.
As autoridades brasileiras têm sido ativas, porém se movendo para uma direção estadista em detrimento tanto do mercado financeiro quanto da saúde de longo prazo da economia”.
O economista Rodrigo Constantino comentou a crítica do banco alemão ao governo brasileiro: “A análise é pertinente devido ao excesso de medidas pontuais e arbitrárias que o governo vem tomando para lidar com o arrefecimento do crescimento econômico”.
Segundo Constantino, os pacotes anunciados são erráticos e prejudicam a competitividade: “O governo decidiu aquisição de uma enorme quantidade de caminhões, entre outros equipamentos. Com isso as ações da Marcopolo subiram 6% em um dia de queda do índice Bovespa”, afirmou.
O especialista comparou as medidas do Planalto à era Geisel: “Este tipo de seleção de ‘campeões nacionais’ é um modelo de Geisel, no qual o governo se arroga do direito de escolher setores e até mesmo empresas que vão sair ganhando com as benesses oficiais.
Este tipo de atitude afugenta investidores, assustados com a instabilidade da economia e incentiva às empresas a seguirem o modelo dos ‘amigos do Rei’”. Constantino ironiza: “A solução é se aproximar de Brasília tendo em vista ajudas setoriais e dinheiro do BNDES”.
02 de julho de 2012
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