"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 2 de julho de 2012

A MESQUINHEZ TUCANA

No seu artigo ufanista de hoje, na Folha de São Paulo, Aécio Neves (PSDB-MG), o presidenciável tucano, ergue loas à criação do Real, há 18 anos.
É a velha bobagem do PSDB de viver de passado, já que no presente, infelizmente, não tem nenhuma realização de impacto a mostrar no meio Brasil que ainda governa.
Por isso, os tucanos insistem com o tal legado cheirando a mofo, quando mais de 30 milhões de eleitores que tem entre 18 e 24 anos não imaginam o "antes" do Real e não dão a mínima importância ao tema.
 
Mas o que chama mais atenção no artigo de Aécio é o parágrafo dedicado à saúde:
 
"Na saúde pública houve mudança no eixo de atendimento, com privilégio à atenção básica, destinada aos mais pobres, e a colocação em prática dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O Programa Saúde da Família chegou a 2002 com mais de 54 milhões de beneficiados, um salto de 4.750 % em relação a 1994."
Sentiram falta de alguma coisa? Sim, os genéricos de Serra foram simplesmente banidos do legado do PSDB pelo mineirinho traidor, que como governador de Minas levou o PT à vitória no seu estado em três eleições presidenciais, apesar de ser maciçamente votado. Sua marca é a aliança tácita com o PT para manter o seu poder regional, jogando para o futuro, para o seu momento, a luta pela presidência.

Infelizmente, a mesquinhez que hoje permeia o comportamento de Geraldo Alckmin em São Paulo - no plano regional - e de Aécio Neves, Sérgio Guerra e outros - no plano nacional - é o maior legado do PSDB para este triste momento da política nacional. E mostra a desintegração de um partido provinciano, dividido em feudos e sem projeto nacional.
 
02 de julho de 2012
coroneLeaks

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