O Ministério
do Esporte vai anunciar nos próximos dias uma série de medidas financeiras para
tentar melhorar o desempenho do Brasil nas Olimpíadas do Rio, em 2016. O
objetivo do governo é que o país avance para as dez primeiras posições do quadro
de medalhas, mesma posição adotada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Levando em conta os Jogos de Londres, o Brasil precisará saltar de três para sete ouros, número alcançado pela Austrália, décima colocada na capital britânica. Além de um plano de investimentos que ainda será divulgado, o governo vai criar o programa Bolsa Ouro, que também está sendo chamado de Bolsa Medalha e Bolsa Pódio.
Segundo o ministro Aldo Rebelo, o edital de convocação dos candidatos está em fase final de redação. Os atletas brasileiros que estiverem entre os 20 melhores nos rankings de suas modalidades poderão se candidatar a bolsas mensais entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. A verba será entregue diretamente aos atletas, sem passar por confederações ou pelo COB.
- Esse dinheiro permitirá que os atletas contratem nutricionistas, preparadores físicos e técnicos para acompanhá-los em suas atividades. É uma contribuição para que desenvolvam ainda mais seu potencial - disse Rebelo.
No último ciclo olímpico, a União gastou R$ 1,76 bilhão na preparação dos atletas, somados Lei Piva, Lei de Incentivo ao Esporte, patrocínio de estatais e o programa Bolsa Atleta (ajuda de custo mensal entre R$ 350 e R$ 1.500). O valor é mais do que o dobro gasto pela Grã-Bretanha, que investiu R$ 834 milhões entre 2009 e 2012 e conquistou 65 medalhas (29 de ouro).
Antes das Olimpíadas, o COB projetou 15 medalhas em Londres, enquanto o Ministério do Esporte falou em 20 pódios. O país terminou com 17 medalhas (três ouros), seu maior número numa edição de Jogos. Mas teve menos ouros do que em Atenas-2004 (cinco), para cuja preparação o governo federal investiu seis vezes menos do que o valor gasto na preparação para Londres.
Quando divulgou sua discreta meta, o COB apostou que o país cresceria em número de finais disputadas, a ponto de o consultor americano do comitê, Steve Roush, ter admitido numa entrevista no Crystal Palace que seria muito desapontador se o número de finais fosse o mesmo dos últimos Jogos.
O Brasil caiu de 41 em Pequim para 35 em Londres.
- Estamos na média. Pela projeção do COB, as 17 medalhas foram acima da expectativa. No nosso prognóstico (do governo), chegamos perto. Acho que a nossa tarefa agora é, principalmente, olhar para o futuro e reconhecer os esforços. Depois, vamos analisar nossas deficiências e também a dos agentes que participaram desse esforço - disse Rebelo.
O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, admitiu que tanto o COB quanto o ministério erraram na avaliação de algumas medalhas projetadas. E reconheceu que até o último ciclo olímpico não havia transparência na destinação dos recursos investidos.
- Um ponto muito positivo de Londres é a consolidação da ideia de que é preciso ter uma transparência nessa aplicação de recursos. Após Pequim, não foi assim. O Ministério do Esporte se bateu para que houvesse objetivos, metas, confrontos do resultado com o investimento - afirmou.
No entanto, a transparência vem gerando números distintos no discurso. O Ministério do Esporte divulgou novamente ontem um valor de R$ 599,54 milhões distribuídos pela Lei Piva, entre 2007 e 2011 os números de 2012 não estão fechados.
Mas, no domingo, o superintendente-executivo do COB, Marcus Vinícius Freire, disse que a entidade só havia recebido R$ 331 milhões, descontados impostos e investimentos no esporte escolar (10%) e universitário (5%).
O Globo
Levando em conta os Jogos de Londres, o Brasil precisará saltar de três para sete ouros, número alcançado pela Austrália, décima colocada na capital britânica. Além de um plano de investimentos que ainda será divulgado, o governo vai criar o programa Bolsa Ouro, que também está sendo chamado de Bolsa Medalha e Bolsa Pódio.
Segundo o ministro Aldo Rebelo, o edital de convocação dos candidatos está em fase final de redação. Os atletas brasileiros que estiverem entre os 20 melhores nos rankings de suas modalidades poderão se candidatar a bolsas mensais entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. A verba será entregue diretamente aos atletas, sem passar por confederações ou pelo COB.
- Esse dinheiro permitirá que os atletas contratem nutricionistas, preparadores físicos e técnicos para acompanhá-los em suas atividades. É uma contribuição para que desenvolvam ainda mais seu potencial - disse Rebelo.
No último ciclo olímpico, a União gastou R$ 1,76 bilhão na preparação dos atletas, somados Lei Piva, Lei de Incentivo ao Esporte, patrocínio de estatais e o programa Bolsa Atleta (ajuda de custo mensal entre R$ 350 e R$ 1.500). O valor é mais do que o dobro gasto pela Grã-Bretanha, que investiu R$ 834 milhões entre 2009 e 2012 e conquistou 65 medalhas (29 de ouro).
Antes das Olimpíadas, o COB projetou 15 medalhas em Londres, enquanto o Ministério do Esporte falou em 20 pódios. O país terminou com 17 medalhas (três ouros), seu maior número numa edição de Jogos. Mas teve menos ouros do que em Atenas-2004 (cinco), para cuja preparação o governo federal investiu seis vezes menos do que o valor gasto na preparação para Londres.
Quando divulgou sua discreta meta, o COB apostou que o país cresceria em número de finais disputadas, a ponto de o consultor americano do comitê, Steve Roush, ter admitido numa entrevista no Crystal Palace que seria muito desapontador se o número de finais fosse o mesmo dos últimos Jogos.
O Brasil caiu de 41 em Pequim para 35 em Londres.
- Estamos na média. Pela projeção do COB, as 17 medalhas foram acima da expectativa. No nosso prognóstico (do governo), chegamos perto. Acho que a nossa tarefa agora é, principalmente, olhar para o futuro e reconhecer os esforços. Depois, vamos analisar nossas deficiências e também a dos agentes que participaram desse esforço - disse Rebelo.
O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, admitiu que tanto o COB quanto o ministério erraram na avaliação de algumas medalhas projetadas. E reconheceu que até o último ciclo olímpico não havia transparência na destinação dos recursos investidos.
- Um ponto muito positivo de Londres é a consolidação da ideia de que é preciso ter uma transparência nessa aplicação de recursos. Após Pequim, não foi assim. O Ministério do Esporte se bateu para que houvesse objetivos, metas, confrontos do resultado com o investimento - afirmou.
No entanto, a transparência vem gerando números distintos no discurso. O Ministério do Esporte divulgou novamente ontem um valor de R$ 599,54 milhões distribuídos pela Lei Piva, entre 2007 e 2011 os números de 2012 não estão fechados.
Mas, no domingo, o superintendente-executivo do COB, Marcus Vinícius Freire, disse que a entidade só havia recebido R$ 331 milhões, descontados impostos e investimentos no esporte escolar (10%) e universitário (5%).
O Globo
15 de agosto de 2012
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