O mercado está desanimado e vem jogando cada vez mais para baixo as previsões de crescimento da economia, enquanto coloca em posição contrária a expectativa para a inflação. O Boletim Focus, relatório semanal em que o Banco Central reúne as previsões de analistas e consultores, reforça essa avaliação.
No documento divulgado ontem, a projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do país ficou em apenas 1,81% — na semana passada era de 1,85% e há um mês encontrava-se em 1,90%. Já a estimativa para a inflação sobe há cinco semanas sem parar e está agora em 5,11%.
Diante de tanto pessimismo, as expectativas se voltam para o pacote que o governo deve anunciar nesta semana e para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim do mês. Ninguém duvida de uma nova queda na taxa básica de juros.
A redução da Selic foi, inclusive, tema de declarações do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, no Rio de Janeiro.
Apesar da presidente Dilma Roussef já ter chamado a atenção da equipe várias vezes para que deixe o assunto juros para o Banco Central, Pimentel garantiu que a taxa vai cair ainda mais. Segundo o ministro, todos os fundamentos macroeconômicos da economia são sólidos.
"Só falta o crescimento econômico, mas vamos fechar o ano numa situação melhor", observou.
Pessimismo
O governo tenta injetar otimismo, mas estudos internos da equipe econômica dão conta de que a atividade pode não acelerar no ritmo desejado. Oficialmente, o Ministério da Fazenda ainda prevê um PIB de 3% para o ano, mas contas feitas pela área técnica são até mais pessimistas que as do mercado e indicam uma expansão em torno de 1,7%.
Culpa da indústria, que apresenta uma retração bem maior do que o esperado.
Para o economista André Perfeito, da Gradual Investimento, a piora nas projeções já deve ter chegado ao ápice. "A exótica combinação de baixo crescimento com mercado de trabalho ainda em alta está produzindo a redução do PIB potencial", explicou.
Segundo ele, 2012 já acabou e a virada para 2013 vai depender muito das medidas de estímulo ao investimento a serem anunciadas.
VÂNIA CRISTINO Correio Braziliense
No documento divulgado ontem, a projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do país ficou em apenas 1,81% — na semana passada era de 1,85% e há um mês encontrava-se em 1,90%. Já a estimativa para a inflação sobe há cinco semanas sem parar e está agora em 5,11%.
Diante de tanto pessimismo, as expectativas se voltam para o pacote que o governo deve anunciar nesta semana e para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim do mês. Ninguém duvida de uma nova queda na taxa básica de juros.
A redução da Selic foi, inclusive, tema de declarações do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, no Rio de Janeiro.
Apesar da presidente Dilma Roussef já ter chamado a atenção da equipe várias vezes para que deixe o assunto juros para o Banco Central, Pimentel garantiu que a taxa vai cair ainda mais. Segundo o ministro, todos os fundamentos macroeconômicos da economia são sólidos.
"Só falta o crescimento econômico, mas vamos fechar o ano numa situação melhor", observou.
Pessimismo
O governo tenta injetar otimismo, mas estudos internos da equipe econômica dão conta de que a atividade pode não acelerar no ritmo desejado. Oficialmente, o Ministério da Fazenda ainda prevê um PIB de 3% para o ano, mas contas feitas pela área técnica são até mais pessimistas que as do mercado e indicam uma expansão em torno de 1,7%.
Culpa da indústria, que apresenta uma retração bem maior do que o esperado.
Para o economista André Perfeito, da Gradual Investimento, a piora nas projeções já deve ter chegado ao ápice. "A exótica combinação de baixo crescimento com mercado de trabalho ainda em alta está produzindo a redução do PIB potencial", explicou.
Segundo ele, 2012 já acabou e a virada para 2013 vai depender muito das medidas de estímulo ao investimento a serem anunciadas.
VÂNIA CRISTINO Correio Braziliense
15 de agosto de 2012
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