"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 18 de agosto de 2012

LULINHA, O GÊNIO. PERO NO MUCHO

 

Você se lembra de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha - aquele que ficou rico da noite pro dia e que seu pai, então e por acaso presideus da República, classificou até com certo desdém como um "gênio dos negócios virtuais"?!?


Pois ele, hoje volta à tona depois de mergulhar num cômodo ostracismo: seus negócios já não são os mesmos desde que seu pai desceu a rampa e se mudou para o apê em São Bernardo do Campo.

A menina dos seus olhos, a Gamecorp está dando os doces. Não fatura bulhufas e ainda está com dificuldades para pagar um rombo que, dizem, gira em torno de R$ 6 milhões. Uma micharia para quem foi um gênio de costas largas; uma dor de cabeça para quem não sabe o que fazer com a própria cabeça, quando as costas não estão quentes.

Se você não tá lembrado, dá licença de contar: a Gamecorp foi um grande e ruidoso empreendimento de Lulinha que no ano de 2002 era monitor do Parque Zoológico de São Paulo. Seu salário era de pouco mais de 600 reais.

No glorioso ano de 2003, pouco depois que seu pai virou presidente do Brasil, Lulinha tornou-se sócio da então denominada G4 Empreendimentos, uma empresa de Campinas, especializada em entretenimento e games. Ele virou sócio dos filhos de Jacó Bittar, um dos fundadores do PT.

Em janeiro de 2005, um ano depois da entrada de Lulinha como sócio, a empresa - já com o nome de Gamecorp - recebeu um "aporte" de 5,2 milhões de reais da Telemar, empresa de telefonia cujo negócio é concessão governamental. A grana fácil foi a título de investimento.

A transação foi amplamente divulgada na época. A sociedade entre a Telemar e a Gamecorp foi uma operação complexa, que implicou na entrada de uma terceira empresa e de uma grossa compra de debêntures que logo se converteram em ações.

Reprodução/CapaVeja
Em junho de 2006, a Gamecorp alugou seis horas de programação diária no Canal 21 em UHF-SP, da rede Bandeirantes de Televisão. Pelo contrato, esse horário passou a chamar-se "PlayTV" e exibia programas para o público "gamer" e muito videoclip.

A Telemar, logo depois, ainda em 2006, injetou outros 10 milhões de reais na Gamecorp como "compra antecipada de comerciais de TV". A genialidade comercial de Lulinha não parava.

Naqueles mesmos anos dourados, a receita da Rede Bandeirantes cresceu com o volume incessante de publicidade do governo. Segundo a imprensa a Bandeirantes dividia - por um contrato sigiloso - o faturamento da frequência UHF Canal 21 em São Paulo, com a empresa do filho do presidente, referentes a frequência UHF Canal 21 em São Paulo.

Na época, dentre o chiado da mídia, a revista Veja denunciou que a Telemar estaria ajudando o filho do presidente para ser atendida em uma alteração na Lei Geral das Telecomunicações que permitisse a sua fusão com a concorrente Brasil Telecom, isso, no entanto, era proibido. Pero no mucho.

Eis que, curiosamente, em dezembro de 2008, foi editado o decreto presidencial assinado por Lula pai e amor que permitiu a venda da Brasil Telecom para a Telemar/Oi.

Y por supuesto, Lulinha então - como se fora um Eike ou coisa parecida - se consagrou como um "gênio dos negócios virtuais". Pero no mucho
 
18 de agosto de 2012
sanatório da notícia

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