Dilma negou que vá cobrar pedágio para a subida da rampa do palácio, que será duplicada para comportar o inchaço da base aliada

PLANO PILOTO – A construção de uma réplica do Palácio do Planalto ao lado do original é a cereja sobre o bolo do pacote de infraestrutura anunciado ontem pela presidenta Dilma Rousseff. A cópia do edifício projetado por Niemeyer servirá como anexo da presidência a ser ocupado pelo ex-presidente Lula. “Com a inauguração do anexo, a gestão do Planalto passará a ser feita num modelo de PPP (parceria petista-petista)”, explicou o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. “Dilma e Lula se revezarão no governo: ela nos anos pares; ele, nos ímpares”.

Paralelamente, será construída uma linha de trem-bala ligando a praça dos Três Poderes à cidade de São Bernardo do Campo, onde mora Lula, para facilitar seu deslocamento até a capital, uma vez que os aeroportos estão muito cheios. Questionada por uma repórter se haveria espaço na praça dos Três Poderes para os novos empreendimentos, a presidenta foi taxativa: “Se não couber a gente asfalta o laguinho do Congresso para fazer espaço, minha filha”.

O anúncio da criação de uma linha de metrô ligando o Congresso ao Planalto foi festejado pelos parlamentares. “Até que enfim alguém percebeu que a nossa mobilidade estava muito atrasada. O transporte do lobby do Congresso ao Planalto estava muito caro, inviabilizando os negócios. Ninguém aguentava mais o custo Brasília”, desabafou o senador Renan Calheiros, do PMDB, ressaltando que falava em nome de “toda a família política brasileira”. A estação do Congresso se chamará José Ribamar Ferreira Araújo da Costa Sarney. A do Planalto terá nome mais informal: “Estação do Cara”.

Inspirado na ideia do metrô, Lula conseguiu incluir no pacote da infraestrutura um teleférico ligando a cobertura do seu prédio, em São Bernardo, ao Itaquerão. “Precisamos cuidar do meio ambiente e investir no transporte alternativo”, disse em nota oficial, com timbre do Planalto, o ex-presidente em exercício.


Dilma anunciou ainda a privatização dos partidos de oposição, com financiamentos do BNDES. Eike Batista já manifestou interesse em assumir a concessão do PSDB, que passaria a se chamar PSDBEX. Mas o bilionário ainda reluta em encampar o DEM. “A verdade é que Democratex não soa tão bem”, reconheceu. “Mas poderia ser uma boa escola para testar a vocação do Thor para a vida pública”, ressalvou.

O presidente BNDES, Luciano Coutinho, disse que já começaram as obras de duplicação dos cofres do BNDES.


18 de agosto de 2012
The i-Piaui Herald