"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

BANCO RURAL - SENTENÇA DO BC

 
 
Com o STF condenando integrantes do Banco Rural por fraude, há quem diga que o Banco Central dormiu no ponto. Não é bem assim.

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional tem julgado proposições do BC contra o banco e funcionários.

E uma delas, de 2004, surtiu efeito. Kátia Rabello está inabilitada, desde 1º de agosto deste ano, a exercer qualquer função no mercado financeiro brasileiro. E já deixou o banco formalmente, fruto de decisão do "Conselhinho".

Sentença 2

Como Kátia, José Roberto Salgado também tem de sair.
Aguarda substituto.
Bem como Ayanna Tenório – condenada pelo Conselhinho e absolvida pelo Supremo.

Há um quarto nome no recurso 12454-070137310, do BC:
o de Plauto Gouvêa, que já deixou o Rural.

Indagado, o banco informa:
os condenados estão sendo afastados.
Explica que os contratos celebrados no fim de 2004 – e questionados pelo BC no mesmo ano – são legítimos. E se deram em meio à crise do Banco Santos. Está recorrendo à Justiça.

A dúvida cruel:
entre a ação do BC e o julgamento passaram-se oito anos.
Por quê?

Sonia Racy O Estado de S. Paulo
21 de setembro de 2012

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