Os fatos revelam que a agenda homossexual nos EUA é imposta de cima para
baixo. Apenas através dos poderes judiciários dos estados e da união é que
medidas de caráter antinatural como o aborto e casamento homossexual são
aprovadas, pois, de 32 referendos sob o “casamento” homossexual nenhum deles
resultou na aprovação.
Há quem alegue que arrecadar fundos, para uma causa política, invalida, para
efeitos fiscais, o caráter de entidade religiosa.
(2) A moral tem por objeto a ordenação da atividade humana para o seu fim
último. As outras ciências práticas tratam de aspectos parciais da atividade
humana. A economia, por exemplo, estuda a atividade humana na ordem dos
interesses materiais.
Como os diversos fins que o homem pode ter em vista com a sua atividade se subordinam ao fim último, assim também as ciências que deles tratam (política, economia, direito, etc.) se subordinam à moral.
19 de setembro de 2012
Nilo Fujimoto
Desse modo, é crucial ao lobby homossexual vencer
ao menos um desses referendos para conseguir que a mídia espalhe que se trata de
uma causa popular ou democrática.
Assim, a batalha que se desenvolve no Estado
de Washington com relação ao referendo sobre o “casamento” homossexual tem tido
colaboradores multimilionários que favorecem o “sim”.
P. J. Ginés no site ReligionenLibertad.com
(1) descreve que a luta entre movimentos religiosos e movimentos
homossexuais assemelha-se à luta entre Golias e Davi. Enquanto Golias é amparado
pelos milionários dos EUA, como exemplo o fundador da Amazon.com que
doou para o lobby homossexual 2,6 milhões de dólares, Davi é representado pelas
paróquias católicas que não podem recolher donativos diretamente para causas
políticas.
O motivo do impedimento é alegado pela porta-voz da
Public Disclossure Commision no episódio em que o Bispo Joseph Tyson
enviou uma carta a seus diocesanos pedindo-lhes para distribuir envelopes de
donativos para a campanha “Preserve Marriage” entre seus paroquianos.
Discordamos, pois, o casamento é uma
questão de esfera de competência mista. Trata-se de um contrato
que envolve consequências de ordem civil e moral.
Tratando-se de
sucessão, patrimônio, guarda dos filhos, etc. isso é regulado pelo direito
civil. Porém, das consequências morais do ato do casamento é de competência da
Igreja reger. Por isso não é licito aos membros da hierarquia católica se omitir
nessa problemática do referendo.
Para maior fundamento, recorro ao luminoso
arcabouço doutrinário do pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira. No artigo
intitulado “Posição do ‘Legionário’ em face da política brasileira”,
publicado no jornal Legionário, Nº 265 de 10 de outubro de 1937, ele
escreve o seguinte:
“A subordinação da
política à moral (2), implica pois, numa subordinação da política à Religião.
Mas no seu campo próprio, a política constrói todo um edifício feito de material
estranho à doutrina e à ação da Igreja.
Não se pode, no entanto, separar
a política da moral, da religião, como fez Maquiavel e como fazem os liberais,
os socialistas, os adeptos do Estado totalitário, mas não se pode
também estabelecer os princípios próprios da ciência política, isto é, da
administração ou do governo, com princípios morais ou religiosos.
“Não existe,
pois, uma política teológica, mas há uma teologia política e na medida em que a
política se subordina a esta, como deve ser, ela pode ser dita mais ou
menos católica.
“Assim fica, também
resolvido o problema de saber se a Igreja tem uma doutrina política. Sim, se por
doutrina política entendermos os princípios que remotamente norteiam a ação dos
governos, ou seja, princípios de ordem moral (teologia moral) aos quais se deve
subordinar a ciência política para não cair nos erros do naturalismo
político.
Não, se por doutrina política entendermos um sistema completo
de organização do Estado e do governo.”
Como os diversos fins que o homem pode ter em vista com a sua atividade se subordinam ao fim último, assim também as ciências que deles tratam (política, economia, direito, etc.) se subordinam à moral.
19 de setembro de 2012
Nilo Fujimoto
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