"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

COMPROVADO! COMO NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS... O BALCÃO DE NEGÓCIOS DA REPÚBLICA TORPE



Agora não há mais como negar:
o dinheiro desviado dos cofres públicos pelo PT foi usado para comprar o voto de parlamentares no Congresso.
Está comprovado o ponto central do mensalão.

A chegada de Lula, José Dirceu e seu partido ao poder representou a montagem de um balcão
de negócios nunca antes visto na história deste país.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou ontem a julgar a destinação dada aos recursos surrupiados pelos mensaleiros, conforme já provado nas etapas iniciais do julgamento. Para
oministro relator, ministro Joaquim Barbosa, não há a
(menor)
sombra de dúvida:
"Os réus receberam dinheiro em razão da função parlamentar e em troca da fidelidade do partido ao governo".


Barbosa ateve-se, na 24ª sessão do julgamento, ao caso mais emblemático: o do PP. O partido, que em 2002 apoiara o candidato tucano José Serra, bandeou-se para o governo logo no primeiro ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Foi, literalmente, comprado pelo petismo para assegurar-lhe votos e apoio parlamentar.

O relator cruzou o mapa de votações com o de pagamentos na boca do caixa e viu:
o dinheiro no bolso equivalia ao apoio no Congresso.

Tivessem um projeto de país e não um mero projeto de perpetuação de poder, Lula e sua quadrilha de petistas talvez não tivessem tido que lançar mão de seu espúrio método de, digamos, "convencimento".

Mas o governo do balcão ancorou-se mesmo foi no milhão, ou, para ser mais preciso, nos milhões.

Nos autos, está comprovado que as transferências aos mensaleiros comprados somaram R$ 55 milhões. Mas o esquema criminoso envolveu muito mais. Há, ainda, os R$ 74 milhões desviados da Visanet/Banco do Brasil, mas há, também, a suspeita, levantada por Marcos Valério, de que pelos dutos da corrupção tenham vazado pelo menos R$ 350 milhões.

(Nunca se deve esquecer o que disse Silvio Pereira, o petista que se livrou do processo após acordo com a Justiça: a meta era desviar R$ 1 bilhão.)

O PT sentiu o golpe desferido ontem pelo ministro relator.
Bastou o Supremo chegar ao coração do mensalão para que o petismo mostrasse suas garras.
A reação veio na forma de uma nota oficial de sua Executiva Nacional, que conclama os partidários de Lula, Dilma, José Dirceu e sua quadrilha de mensaleiros a "uma batalha do tamanho do Brasil".

A dimensão da guerra deve ser proporcional ao assalto que o partido perpetrou aos cofres públicos...

Não deixa de ser, também, uma forma de os petistas reagirem aos sinais enviados por Marcos Valério neste fim de semana - seja pelas declarações dele publicadas pela revista Veja, seja pela revelação, feita por Ricardo Noblat ontem, de que o publicitário gravou quatro cópias de um vídeo em que desnuda o funcionamento do esquema mafioso comandado pelo PT.

Marcos Valério ameaçou contar tudo, se, de fato, afundar sob o peso das penas que o relator está disposto a lhe impor - até 28 anos de cadeia, conforme parte do relatório que a assessoria do ministro Barbosa, descuidadamente, fez publicar no site do STF. O PT parece ter entendido que é melhor tentar amansar o bicho, antes que seja tarde.

Por isso, convocou suas tropas e mostrou os dentes.
Não vai adiantar.

As conclusões a que os ministros do STF estão chegando desnudam, com riqueza de detalhes, a concepção que o PT e seus quadrilheiros fazem do aparato estatal. Trata-se, na visão do partido dos mensaleiros, de um butim trilionário a ser roído até a medula, no intuito de promover, viabilizar e financiar a prevalência de seu grupo político no poder.

A qualquer preço, a qualquer pena.

Mas o julgamento do mensalão está servindo para dar um basta a este estado de coisas. "O Brasil não é tão arcaico, desorganizado, institucionalmente desqualificado nem tão apinhado de vendidos como supunha o PT ao assumir a Presidência da República", analisa Dora Kramer, com a acuidade que lhe é habitual,
(n'O Estado de S.Paulo.)A esta altura, já restam comprovados pelo STF o desvio de verbas públicas, as fraudes bancárias para encobrir as falcatruas e a existência de uma lavanderia de dinheiro montada em conluio entre banqueiros e petistas.Desde ontem, também tornou-se notório que os dutos da corrupção serviram à compra de votos no Parlamento.

Se corrupção houve, O mensalão comprovado, corruptores também houvera.
Agora falta só mais um pouquinho para o julgamento chegar até eles:
aqueles que estiveram atrás do imenso balcão de negociatas montado no país nestes últimos dez anos.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela

19 de setembro de 2012

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