"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 15 de setembro de 2012

STF COMEÇA A JULGAR DIRCEU, SUBCHEFE DA GANGUE

 
STF analisará a partir de segunda item que tem Dirceu entre os réus. Será analisado se houve compra de votos dos políticos aliados no Congresso


José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e um dos réus do processo do mensalão
Foto: Arquivo / Marcelo Pui
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e um dos réus do processo do mensalãoArquivo / Marcelo Pui

O julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) entrará na sétima semana e, a partir de segunda-feira, os ministros começam a analisar o item 6, que tem entre os réus o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o presidente do PTB, Roberto Jefferson.
 
Com este item, os ministros vão analisar se houve compra de votos de políticos de partidos aliados ao governo no Congresso. Dirceu é apontado na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) como "chefe da quadrilha" responsável pelo suposto esquema, do qual Valério seria o principal operador.

O relator Joaquim Barbosa começará a narrar os crimes atribuídos aos políticos da suposta organização. Será seguido pelo revisor e depois vem o votos dos demais ministros. O presidente do STF, Ayres Britto, deve tentar na segunda-feira propor mais uma vez que os ministros façam sessões extras para acelerar o julgamento. Ayres completa 70 anos em novembro, quando terá que se aposentar. O ministro Marco Aurélio Mello, por exemplo, já se manifestou contra a ideia.

A proposta que partiu de Joaquim Barbosa deverá ser discutida novamente no início da sessão. A ideia surgiu no início da semana. Mas, na quarta-feira, num almoço do gabinete de Ayres, ministros presentes ao encontro rejeitaram a sugestão. Na quinta-feira, Barbosa voltou a pedir sessões adicionais para, segundo ele, evitar atrasos no julgamento.

15 de setembro de 2012
O Globo

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