Caixa do esquema foi abastecido também com dinheiro de empresários corruptores
Fora isso, o caixa do Mensalão do PT foi reforçado por polpudos aportes financeiros, efetuados por empresários oportunistas que necessitavam corromper algumas autoridades palacianas.
Esse sistema criminoso tinha como base, supostamente legal, a contratação de campanhas publicitárias superfaturadas de forma escandalosa.
O valor acima do praticado pelo mercado publicitário foi utilizado para rechear o lamacento caixa do Mensalão do PT. Essa operação tinha como pano de fundo empresas de telefonia, em cujos quadros societários apareciam conhecidos fundos de pensão.
Como a maioria dos fundos de pensão é controlada por integrantes da esquerda brasileira, a ideia era corromper as autoridades que davam ordens aos seus dirigentes. Um estudo mais aprofundado sobre a oscilação da participação acionária dos fundos de pensão em algumas empresas de telefonia por certo exporia os escaninhos de um dos mais acintosos braços do Mensalão do PT.
Durante a CPI dos Correios, muitos dos envolvidos no esquema tiveram os nomes inseridos em requerimentos de audiência, que acabaram rejeitados por conta da ação de alguns parlamentares da oposição, que não queriam ver seus financiadores sentados no banco dos réus. O principal envolvido na criminosa operação se livrou do indiciamento após despejar verdadeira fortuna nos bastidores do parlamento.
Caso as autoridades policiais que participaram da Operação Satiagraha tivesse se dedicado a determinadas investigações, o esquema acima seria facilmente descoberto. Há também a possibilidade de o esquema não ter sido incluído no inquérito para poupar o capítulo palaciano do Partido dos Trabalhadores, que à época trabalhava intensamente nos bastidores para conter os efeitos colaterais do Mensalão do PT.
O fato de a Operação Satiagraha ter fechados os olhos para o tema desta matéria ficou evidente nas seguidas declarações de alguns participantes das investigações, que da noite para o dia passaram a tecer repentinos elogios ao então presidente Lula e ao seu partido.
15 de setembro de 2012
ucho.info
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