Dirceu viaja a Portugal no fim de semana para tratar de ocultos negócios dele e da família Lula
Aproveitando que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal nem cogita decretar a prisão imediata de condenados no mensalão, o advogado e consultor internacional José Dirceu de Oliveira e Silva embarca, neste final de semana, para Portugal. Não vai apenas passear, mas principalmente supervisionar os grandes negócios lusitanos que ele e a família do ex-presidente Lula mantém, ocultamente, na Terrinha e além-mar.
Especula-se, principalmente nos bastidores do mercado português de infraestrutura, que o “capitão do time de Lula” e os filhos do ex-presidente seriam grandes investidores em parcerias com grandes empresas nos ramos de petróleo & gás, mineração, construção e telefonia. Também atuariam, perifericamente, nos setores imobiliário e de mídia. Os empreendimentos da conexão lusitana dos companheiros Lula e Dirceu iriam muito além de Portugal, abrangendo ex-colônias portuguesas, como Angola.
Antes de viajar, Dirceu pode até sofrer o dissabor de ser condenado, também, por formação de quadrilha. O ministro relator da Ação Penal 470, Joaquim Barbosa, pediu ontem a condenação de José Dirceu, José Genoino, Marcos Valério e mais outros oito réus. A sorte de Dirceu é que alguns ministros tendem a seguir o voto do bondoso revisor Ricardo Lewandowski que já pediu absolvição de todos os acusado por formação de quadrilha.
Se for aliviado da condenação por formação de quadrilha, Dirceu terá a grande chance de escapar do risco humilhante de prisão, nas fase de definição de penas e de recursos. Esta é a aposta do “Capitão do time” de Lula e de seus companheiros do PT.
Jurisprudência salvadora
Lewandowski argumentou que a associação dos réus para a prática criminosa não colocou em risco a paz social:
“Precisamos verificar se esta quadrilha tinha ou não este escopo de colocar em risco a paz social ou se foi para praticar alguns crimes, pelos quais estão respondendo e muitos já condenados”.
O ministro revisor citou um voto, com base na jurisprudência e na doutrina criminal, dado pela ministra Rosa Weber:
“Quadrilha, na minha compreensão, é a estrutura da societa celeris que causa perigo por si mesma a sociedade. Nada tem a ver com a simples convenção plural de criminosos. Portanto não há prática de vários crimes feitos em autoria. É preciso que haja uma conjunção permanente para praticar uma série indeterminada de crimes".
Organização estável
Joaquim Barbosa foi bem claro no voto: “O extenso material probatório demonstra a existência de uma organização estável que agia contra a administração pública”.
Barbosa contestou a defesa de Dirceu, e reafirmou que nos autos existem comprovações de sobra de que era ele quem comandava o núcleo político e repassava funçoes aos núcleos financeiro (liderado por Kátia Rabello, do Banco Rural) e publicitário (controlado por Marcos Valério).
O relator acrescentou: “Os integrantes do chamado núcleo financeiro, visando a obtenção de vantagens indevidas, proporcionaram aos outros dois núcleos o aporte de recursos obtidos mediante empréstimos simulados além de mecanismos de lavagem de dinheiro”.
Experiência tucana
Joaquim Barbosa lembrou o aprendizado de Valério com o esquema mineiro-tucano que acabou aprimorado pelos petistas:
"Para exata compreensão, é preciso salientar que Valério é um profissional do crime, já tendo prestado serviços ao PSDB na eleição de Eduardo Azeredo em Minas Gerais. Como forma de ilustrar a realidade, Simone Vasconcelos operadora do esquema, trabalhou na eleição de Azeredo e foi indicado por Valério. Foi nessa empreitada criminosa que ele adquiriu o conhecimento oferecido ao PT, que o grupo de Dirceu aceitou".
Foi uma singela dica de que, na gestão Barbosa no STF, o Mensalão Mineiro vai receber também tratamento especial...
Interlocutor privilegiado
Barbosa destacou que Marcos Valério atuava como interlocutor privilegiado do núcleo político, agendando reuniões entre Dirceu e Kátia Rabello, com "plena consciência de sua conduta":
“Cristiano Paz, Ramon Hollerbach e Marcos Valério participavam das decisões da DNA e da SMP&B. Todos os sócios participavam das decisões administrativas. Além das fraudes contábeis, os membros do núcleo publicitário atuaram na simulação de vários empréstimos e, para encobrir o caráter simulado, se utilizaram de inúmeros mecanismos fraudulentos”.
Barbosa lembrou que, “além das fraudes contábeis, os membros do núcleo publicitário atuaram na simulação de vários empréstimos e, para encobrir o caráter simulado, se utilizaram de inúmeros mecanismos fraudulentos. Tudo somado, não há como negar que eles praticaram o crime de quadrilha”.
Hermano queimadão
Na visita de Lula a Argentina, onde foi ganhar R$ 250 mil para palestrar à elite empresarial de lá, pegou nada bem o encontro fechado dele com o vice-presidente argentino, no luxuoso hotel Hyatt Palacio Duhau, no bairro da Recoleta.
Amado Boudou é suspeito de envolvimento em vários esquemas de corrupção, principalmente a gravíssima acusação de usar sua gráfica para emissão ilegal, não autorizada e falsa de pesos argentinos.
Como Boudou é o membro com pior imagem no governo de Cristina, tendo tudo para se transformar em réu na justiça argentina, Lula marcou um gol contra em recebê-lo tão efusivamente.
Nem os petistas fazem melhor
O sindicalista Hugo Yasky, da Central de Trabalhadores Argentinos (CTA) promete uma grande mobilização por lá contra a condenação de nossos mensaleiros por aqui.
Na visão do hermano Yasky, o julgamento do Mensalão tem o objetivo de tentar intimidar Lula:
“Por trás deste julgamento que é orquestrado pelos grandes grupos multimídia e a Justiça, que atua em favor dos poderosos, está nada mais e nada menos que a tentativa de evitar que Lula continue sua carreira política”.
Lewandowski argumentou que a associação dos réus para a prática criminosa não colocou em risco a paz social:
“Precisamos verificar se esta quadrilha tinha ou não este escopo de colocar em risco a paz social ou se foi para praticar alguns crimes, pelos quais estão respondendo e muitos já condenados”.
O ministro revisor citou um voto, com base na jurisprudência e na doutrina criminal, dado pela ministra Rosa Weber:
“Quadrilha, na minha compreensão, é a estrutura da societa celeris que causa perigo por si mesma a sociedade. Nada tem a ver com a simples convenção plural de criminosos. Portanto não há prática de vários crimes feitos em autoria. É preciso que haja uma conjunção permanente para praticar uma série indeterminada de crimes".
Organização estável
Joaquim Barbosa foi bem claro no voto: “O extenso material probatório demonstra a existência de uma organização estável que agia contra a administração pública”.
Barbosa contestou a defesa de Dirceu, e reafirmou que nos autos existem comprovações de sobra de que era ele quem comandava o núcleo político e repassava funçoes aos núcleos financeiro (liderado por Kátia Rabello, do Banco Rural) e publicitário (controlado por Marcos Valério).
O relator acrescentou: “Os integrantes do chamado núcleo financeiro, visando a obtenção de vantagens indevidas, proporcionaram aos outros dois núcleos o aporte de recursos obtidos mediante empréstimos simulados além de mecanismos de lavagem de dinheiro”.
Experiência tucana
Joaquim Barbosa lembrou o aprendizado de Valério com o esquema mineiro-tucano que acabou aprimorado pelos petistas:
"Para exata compreensão, é preciso salientar que Valério é um profissional do crime, já tendo prestado serviços ao PSDB na eleição de Eduardo Azeredo em Minas Gerais. Como forma de ilustrar a realidade, Simone Vasconcelos operadora do esquema, trabalhou na eleição de Azeredo e foi indicado por Valério. Foi nessa empreitada criminosa que ele adquiriu o conhecimento oferecido ao PT, que o grupo de Dirceu aceitou".
Foi uma singela dica de que, na gestão Barbosa no STF, o Mensalão Mineiro vai receber também tratamento especial...
Interlocutor privilegiado
Barbosa destacou que Marcos Valério atuava como interlocutor privilegiado do núcleo político, agendando reuniões entre Dirceu e Kátia Rabello, com "plena consciência de sua conduta":
“Cristiano Paz, Ramon Hollerbach e Marcos Valério participavam das decisões da DNA e da SMP&B. Todos os sócios participavam das decisões administrativas. Além das fraudes contábeis, os membros do núcleo publicitário atuaram na simulação de vários empréstimos e, para encobrir o caráter simulado, se utilizaram de inúmeros mecanismos fraudulentos”.
Barbosa lembrou que, “além das fraudes contábeis, os membros do núcleo publicitário atuaram na simulação de vários empréstimos e, para encobrir o caráter simulado, se utilizaram de inúmeros mecanismos fraudulentos. Tudo somado, não há como negar que eles praticaram o crime de quadrilha”.
Hermano queimadão
Na visita de Lula a Argentina, onde foi ganhar R$ 250 mil para palestrar à elite empresarial de lá, pegou nada bem o encontro fechado dele com o vice-presidente argentino, no luxuoso hotel Hyatt Palacio Duhau, no bairro da Recoleta.
Amado Boudou é suspeito de envolvimento em vários esquemas de corrupção, principalmente a gravíssima acusação de usar sua gráfica para emissão ilegal, não autorizada e falsa de pesos argentinos.
Como Boudou é o membro com pior imagem no governo de Cristina, tendo tudo para se transformar em réu na justiça argentina, Lula marcou um gol contra em recebê-lo tão efusivamente.
Nem os petistas fazem melhor
O sindicalista Hugo Yasky, da Central de Trabalhadores Argentinos (CTA) promete uma grande mobilização por lá contra a condenação de nossos mensaleiros por aqui.
Na visão do hermano Yasky, o julgamento do Mensalão tem o objetivo de tentar intimidar Lula:
“Por trás deste julgamento que é orquestrado pelos grandes grupos multimídia e a Justiça, que atua em favor dos poderosos, está nada mais e nada menos que a tentativa de evitar que Lula continue sua carreira política”.
Tema de debate
José Dirceu foi o tema central de discussão no primeiro debate do segundo turno enrre Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), ontem à noite, na TV Bandeirantes.
Haddad reclamou que Serra tem “obsessão por José Dirceu”.
Serra alegou que Dirceu é “guru político” do petista e foi “homenageado e aplaudido pelo PT” após condenado no Mensalão.
Conclusão do debate: coitado do cidadão-eleitor-contribuinte de São Paulo...
Imoral subserviência
Carta contundente do médico paulista Humberto de Luna Freire Filho aos jornais e blogs:
“Causa nojo a qualquer cidadão brasileiro minimamente informado, e que assiste ao julgamento do mensalão, ver e ouvir o subserviente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowiski, constantemente fugindo dos autos constantes da Ação Penal 470, para defender a bandidagem à qual ele deve o cargo. Conduta essa tão imoral que, nem o outro contratado do PT, José Antônio Dias Toffoli, que também entrou para a suprema corte pela portas dos fundos, está mostrando tanto empenho nessa ridícula defesa do indefensável”.
O médico acrescenta, com muita propriedade:
“É triste para o país ver que, mais cedo ou mais tarde, esses dois indivíduos ocuparão a presidência da corte. Uma vergonha para a nossa Justiça. Mesmo sendo adepto de que as mudanças sempre obedeçam os princípios constitucionais, a essa altura eu não faria a menor objeção por uma opção traumática em nome da cidadania e da preservação dos princípios éticos e morais da nossa sociedade”.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
José Dirceu foi o tema central de discussão no primeiro debate do segundo turno enrre Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), ontem à noite, na TV Bandeirantes.
Haddad reclamou que Serra tem “obsessão por José Dirceu”.
Serra alegou que Dirceu é “guru político” do petista e foi “homenageado e aplaudido pelo PT” após condenado no Mensalão.
Conclusão do debate: coitado do cidadão-eleitor-contribuinte de São Paulo...
Imoral subserviência
Carta contundente do médico paulista Humberto de Luna Freire Filho aos jornais e blogs:
“Causa nojo a qualquer cidadão brasileiro minimamente informado, e que assiste ao julgamento do mensalão, ver e ouvir o subserviente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowiski, constantemente fugindo dos autos constantes da Ação Penal 470, para defender a bandidagem à qual ele deve o cargo. Conduta essa tão imoral que, nem o outro contratado do PT, José Antônio Dias Toffoli, que também entrou para a suprema corte pela portas dos fundos, está mostrando tanto empenho nessa ridícula defesa do indefensável”.
O médico acrescenta, com muita propriedade:
“É triste para o país ver que, mais cedo ou mais tarde, esses dois indivíduos ocuparão a presidência da corte. Uma vergonha para a nossa Justiça. Mesmo sendo adepto de que as mudanças sempre obedeçam os princípios constitucionais, a essa altura eu não faria a menor objeção por uma opção traumática em nome da cidadania e da preservação dos princípios éticos e morais da nossa sociedade”.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
19 de outubro de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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