"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 4 de novembro de 2012

CHAVISMO "DEMOCRATICAMENTE" ETERNO...

CHAVISMO JAMAIS SAIRÁ DO PODER PELO VOTO. ELEIÇÃO NA VENEZUELA É APENAS PARA DAR APARÊNCIA DE DEMOCRACIA, SEGUNDO CONCLUEM ESPECIALISTAS.
 
Uma reportagem do jornalista Antonio Maria Delgado, do jornal El Nuevo Herald, resume o contéudo de uma evento organizado pelo Centro de Política Hemistérica da Universidade de Miami (EUA), quando diversos especialistas em política analisaram a última eleição realizada na Venezuela e concluiram que o pleito não ocorreu dentro de um contexto democrático.

Qualificaram o regime chavista de "neo-autoritário", porque usa os mecanismos das instituições democráticas de forma enviesada, isto é, apenas como uma pantomima destinada a sustentar uma aparência de democracia.

Transcrevo a parte inicial da reportagem com link para leitura completa no original em espanhol. Recomendo que leiam e façam uma comparação com que está acontecendo em todo o continente latino-americano. A inelutável conclusão é que o chavismo jamais será destituído do poder por eleições. Leiam:

EN ESPAÑOL - El presidente venezolano Hugo Chávez encabeza un régimen “neo-autoritario” que hace uso de las elecciones para inyectarse aires de legitimidad, pero que es antidemocrático en esencia, y por ende, no puede ser removido solamente a través de los votos, advirtieron expertos.

Los analistas, quienes hablaron en un foro organizado por el Centro de Política Hemisférica de la Universidad de Miami, dijeron que la elección del 7 de octubre no fue realizada dentro de un contexto democrático, resaltando que una seguidilla de irregularidades y tácticas de juego sucio aunado por el abuso del poder emprendido por el gobierno de Chávez dejaron a la oposición sin una oportunidad real de ganar la presidencia.

“El mejor calificativo [para describir el modelo político implementado en Venezuela] es el de neo-autoritarismo, bajo el cual tenemos algunas formas democráticas que son muy necesitadas por este tipo de régimen, en un mundo globalizado, […] pero donde el eje central del modelo [la presidencia de Chávez] no está dispuesto a ser reemplazado, independientemente de lo que eso implique”, comentó Carlos Blanco, profesor de la Universidad de Boston.

Blanco, durante su exposición en el foro Panorama Post Electoral Venezolano, dijo que la necesidad de preservar una apariencia democrática en la arena internacional lleva al chavismo a sostener frecuentes elecciones, y en algunas de ellas permitir que la oposición esté en condiciones de competir libremente.

Pero no cuando la presidencia de Chávez está en juego.
“Este tipo de régimen bloquea cualquier cosa que realmente les amenace con reemplazarlos por medios electorales, ya tengan que usar métodos legales o ilegales o métodos violentos o pacíficos”, insistió Blanco, un experto en temas de gobernabilidad.
 
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04 de novembro de 2012
in aluizio amorim

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