Pesquisa do Datafolha publicada na edição de sábado da Folha de São Paulo, revela que, teoricamente, a abstenção, claro, seria mais alta do que foi, passando de 50%, se nela estivessem incluídos os votos nulos e brancos.
Mas teriam comparecido 61% dos eleitores do prefeito eleito e 60% dos que votaram em José Serra. Entretanto, feita a divisão por classes sociais, o levantamento revela que os de renda mais alta não deixariam de ir às urnas, mas os de renda menor sim.
Entre os que ganham até dois salários mínimos, 51% não compareceriam. Entre os que percebem de 2 a 5 SM, o percentual sobre para 55%. Entre aqueles cujos vencimentos oscilam na faixa de 5 a 10 mínimos, 62% não deixariam de votar. A taxa é mais alta entre os que ganham acima de dez pisos. Não chega a ser uma renda mais alta assim. No entanto os números acentuam tendências.
O voto facultativo favoreceria os candidatos conservadores? No caso do voto majoritário, sem dúvida. Porém quanto ao voto proporcional (deputados federais e estaduais, vereadores) há dúvida.
Se de um lado, a faculdade de votar inspira-se numa grande quantidade de países, e o fenômeno do conservadorismo não se comprova de modo geral, entre nós a não obrigatoriedade terminaria favorecendo os comandos partidários, pois no fundo os eleitores de menor renda são os mais sujeitos à influência dos chefes políticos e líderes comunitários.
E os que necessitam de apoio social terminariam vendo no voto um instrumento de troca, ainda que esta troca, depois nas urnas, não se realizasse. Porque uma coisa é responder a uma pesquisa londe da eleição, outra é agir de fato no momento de votar.
De qualquer forma, o levantamento do Datafolha foi muito bem feito, o primeiro a iluminar concretamente, mesmo à distância, a predisposição dos eleitores relativamente à questão.
Sob o ângulo democrático, o voto facultativo é legítimo, como na França, Estados Unidos, Inglaterra, Itália. Nem por isso é ilegítimo o sistema brasileiro.
O voto, no fundo da questão, é uma convergência democrática. Agora, o Datafolha, com seus números, deixa um campo aberto ao pensamento. E a uma análise bastante ampla sobre reflexos e tendências. Curioso é que países em que existe a livre escolha de votar ou não, EUA por exemplo, a abstenção nas eleições presidenciais, oscila de 30 a 40%. Não se conhece estatística quanto aos nulos e brancos.
Mas a semana que se inicia deverá revelar todo o panorama. O esforço maior do Barack Obama é pelo comparecimento. Logo, ele conta mais do que Mit Romney com os sufrágios de renda mais baixa, especialmente dos que mais necessitam do sistema de saúde que implantou.
O voto, em qualquer país, baseia-se em tendência por camadas sociais. Inclusive são essas sobre as quais atuam os institutos de pesquisa. Os motivos encontram suas raízes nas divisões das sociedades. Às vezes o panorama pode não ser tão estratificado. Mas são raros os casos.
Mas teriam comparecido 61% dos eleitores do prefeito eleito e 60% dos que votaram em José Serra. Entretanto, feita a divisão por classes sociais, o levantamento revela que os de renda mais alta não deixariam de ir às urnas, mas os de renda menor sim.
Entre os que ganham até dois salários mínimos, 51% não compareceriam. Entre os que percebem de 2 a 5 SM, o percentual sobre para 55%. Entre aqueles cujos vencimentos oscilam na faixa de 5 a 10 mínimos, 62% não deixariam de votar. A taxa é mais alta entre os que ganham acima de dez pisos. Não chega a ser uma renda mais alta assim. No entanto os números acentuam tendências.
O voto facultativo favoreceria os candidatos conservadores? No caso do voto majoritário, sem dúvida. Porém quanto ao voto proporcional (deputados federais e estaduais, vereadores) há dúvida.
Se de um lado, a faculdade de votar inspira-se numa grande quantidade de países, e o fenômeno do conservadorismo não se comprova de modo geral, entre nós a não obrigatoriedade terminaria favorecendo os comandos partidários, pois no fundo os eleitores de menor renda são os mais sujeitos à influência dos chefes políticos e líderes comunitários.
E os que necessitam de apoio social terminariam vendo no voto um instrumento de troca, ainda que esta troca, depois nas urnas, não se realizasse. Porque uma coisa é responder a uma pesquisa londe da eleição, outra é agir de fato no momento de votar.
De qualquer forma, o levantamento do Datafolha foi muito bem feito, o primeiro a iluminar concretamente, mesmo à distância, a predisposição dos eleitores relativamente à questão.
Sob o ângulo democrático, o voto facultativo é legítimo, como na França, Estados Unidos, Inglaterra, Itália. Nem por isso é ilegítimo o sistema brasileiro.
O voto, no fundo da questão, é uma convergência democrática. Agora, o Datafolha, com seus números, deixa um campo aberto ao pensamento. E a uma análise bastante ampla sobre reflexos e tendências. Curioso é que países em que existe a livre escolha de votar ou não, EUA por exemplo, a abstenção nas eleições presidenciais, oscila de 30 a 40%. Não se conhece estatística quanto aos nulos e brancos.
Mas a semana que se inicia deverá revelar todo o panorama. O esforço maior do Barack Obama é pelo comparecimento. Logo, ele conta mais do que Mit Romney com os sufrágios de renda mais baixa, especialmente dos que mais necessitam do sistema de saúde que implantou.
O voto, em qualquer país, baseia-se em tendência por camadas sociais. Inclusive são essas sobre as quais atuam os institutos de pesquisa. Os motivos encontram suas raízes nas divisões das sociedades. Às vezes o panorama pode não ser tão estratificado. Mas são raros os casos.
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