Foi preciso que o Supremo Tribunal Federal condenasse três ilustres nomes do PT, réus do caso do mensalão (Dirceu, Genoino e Delúbio) para que o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso descobrisse finalmente o estado deplorável das penitenciárias do país. Deplorável ou animal ao pé da letra.
Tudo muda entre nós para que no essencial pouco mude.
Um dia depois de Dirceu e Delúbio terem sido condenados à cadeia, proclamou o ministro da Justiça:
- Se fosse para passar muitos anos na prisão, em alguns dos nossos presídios, eu preferiria morrer.
Nos anos 80 do século passado, ao lhe perguntarem o que achava do valor do salário mínimo, o último general-presidente da ditatura militar de 64, João Batista de Oliveira Figueiredo, respondeu de bate-pronto:
- Se eu ganhasse salário mínimo daria um tiro no coco.
Outra frase inesquecível marcou o governo Figueiredo:
- Prefiro cheiro de cavalo a cheiro de povo.
Figueiredo e José Eduardo Cardoso viram na morte a saída mais rápida e talvez indolor para fugir de problemas que caberiam a eles ajudar a resolver.
Que falta de imaginação! E de coragem!
14 de novembro de 2012
in ricardo noblat
Nenhum comentário:
Postar um comentário