"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O QUE APROXIMA O ATUAL MINISTRO DA JUSTIÇA DO ÚLTIMO DITADOR DE 64

 

Foi preciso que o Supremo Tribunal Federal condenasse três ilustres nomes do PT, réus do caso do mensalão (Dirceu, Genoino e Delúbio) para que o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso descobrisse finalmente o estado deplorável das penitenciárias do país. Deplorável ou animal ao pé da letra.

Tudo muda entre nós para que no essencial pouco mude.

Um dia depois de Dirceu e Delúbio terem sido condenados à cadeia, proclamou o ministro da Justiça:

- Se fosse para passar muitos anos na prisão, em alguns dos nossos presídios, eu preferiria morrer.

Figueiredo, o último general-presidente da ditadura de 64


Nos anos 80 do século passado, ao lhe perguntarem o que achava do valor do salário mínimo, o último general-presidente da ditatura militar de 64, João Batista de Oliveira Figueiredo, respondeu de bate-pronto:

- Se eu ganhasse salário mínimo daria um tiro no coco.

Outra frase inesquecível marcou o governo Figueiredo:

- Prefiro cheiro de cavalo a cheiro de povo.

Figueiredo e José Eduardo Cardoso viram na morte a saída mais rápida e talvez indolor para fugir de problemas que caberiam a eles ajudar a resolver.

Que falta de imaginação! E de coragem!

14 de novembro de 2012
in ricardo noblat

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