PT chama os "militontos" para pagar multa dos seus quadrilheiros corruptos.
Condenados a pagar R$ 1,46 milhão aos cofres públicos, José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares devem ganhar uma “mãozinha” dos petistas. Dirigentes do partido já se organizam para criar um fundo solidário de apoio aos réus condenados pelo STF.
A multa mais alta recai sobre o ex-ministro José Dirceu: R$ 676 mil. Já Delúbio é quem pagará a mais baixa, de R$ 325 mil. Porém, a preocupação maior do PT é com o ex-deputado José Genoino, condenado a seis anos e 11 meses de prisão e a pagar uma multa de R$ 468 mil. Ele teria situação financeira pior que a dos outros dois réus. O tema deve ser discutido em reunião do Diretório Nacional do PT, no início de dezembro.
A ideia é arrecadar dinheiro com os militantes e simpatizantes do partido. O PT descartou fazer a campanha institucionalmente, já que sofre impedimentos legais. O fundo partidário e a arrecadação regular do partido não podem ser usados para pagar multas que não sejam atribuídas diretamente à legenda. — Se precisar fazer um fundo solidário, o PT vai fazer, mas ainda é possível reverter as multas com os recursos legais que os réus impetrarão no STF — afirmou o coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio de Carvalho.
Um modelo possível é o usado pela deputada Luiza Erundina (PSB) para pagar uma multa judicial de R$ 325 mil, referente a uma condenação quando foi prefeita de São Paulo pelo PT. Apoiadores de Erundina fizeram um movimento suprapartidário, com jantares e uma conta bancária para a arrecadação da “vaquinha”.
Paulo Frateschi, dirigente nacional do PT, disse que quer ser “o primeiro” a contribuir com um fundo solidário para os condenados pelo Supremo. — Acredito que todos os dirigentes vão contribuir com o fundo solidário. É o único caminho para ajudar. Mas não pode ser uma atitude oficial do PT porque, assim, o dinheiro tem que entrar no caixa do partido e não pode ser usado para pagar as multas — disse o petista. (O Globo)
Sugestões aos organizadores:
1. Visita guiada pelo Eduardo Suplicy ao Presídio de Tremembé para acompanhar o banho de sol do Zé Dirceu e do Delúbio, com direito a acenos com lencinho vermelho, da janela da cela.Cobrar R$ 1 mil pelo pacote.
2. Baile da Cueca. Todos os companheiros adentram o salão com dinheiro naquele recôndito e costumeiro local. Lá as damas de vermelho recolhem os donativos. Baita festa!
3. Peça no Natal dos Catadores de Lixo, com Lula e Zé de Abreu, encenando "Mensalão, eu nunca vi! Nem eu!" Entrada: R$ 500.
3. Peça no Natal dos Catadores de Lixo, com Lula e Zé de Abreu, encenando "Mensalão, eu nunca vi! Nem eu!" Entrada: R$ 500.
4. Aguarda-se novas sugestões na área de comentários.
O golpe do ministro da Justiça.
A declaração estapafúrdia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, dada um dia depois da condenação da quadrilha que comandava o PT, não foi dada gratuitamente.
Ao declarar que prefere morrer a ir para um presídio, a autoridade responsável pela qualidade do sistema prisional, lança uma campanha para mudar a Lei de Execuções Penais. Qualquer mudança neste tema, sempre favorece os réus.
O objetivo é impedir que José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares cumpram pena em regime fechado. Esta será a campanha do PT, de agora em diante. Este é o golpe anunciado ontem, pelo Ministro da Justiça, o petista Cardozo.
14 de novembro de 2012
in coroneLeaks
Comentário: Quanto mais tarde sair o acórdão do STF, melhor para o país: mais tempo a quadrilha de José Dirceu permanecerá presa, impedindo a sua volta ao meio de gente decente e honesta. E, como afirmou ontem o ministro Joaquim Barbosa, em cela comum. Aquelas celas onde o ministro da Justiça prefere morrer a ocupar.
Relator do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa disse ontem que os condenados não poderão cumprir pena em cela especial. Alguns, como o ex-ministro José Dirceu, o operador do mensalão Marcos Valério e a dona do Banco Rural Kátia Rabello, receberam mais de 8 anos de prisão e terão de cumprir inicialmente a punição em regime fechado.
Barbosa explicou que a prisão especial só cabe em casos de prisão provisória: "A prisão especial é só para quem cumpre prisão provisória e não definitiva", disse ele, sem citar casos específicos.
O Código Penal diz que detentores de diploma de curso superior, ministros, governadores, delegados, parlamentares e militares "serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva". Dirceu é formado em Direto.
Após a definição das penas, o STF decidirá sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República de prisão imediata dos condenados. Ministros ouvidos pela Folha descartam a medida. Os condenados só deverão cumprir a pena depois que o resultado do julgamento (acórdão) for publicado e após a análise de todos os recursos.
Barbosa explicou que a prisão especial só cabe em casos de prisão provisória: "A prisão especial é só para quem cumpre prisão provisória e não definitiva", disse ele, sem citar casos específicos.
O Código Penal diz que detentores de diploma de curso superior, ministros, governadores, delegados, parlamentares e militares "serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva". Dirceu é formado em Direto.
Após a definição das penas, o STF decidirá sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República de prisão imediata dos condenados. Ministros ouvidos pela Folha descartam a medida. Os condenados só deverão cumprir a pena depois que o resultado do julgamento (acórdão) for publicado e após a análise de todos os recursos.
(Folha de São Paulo)
14 de novembro de 2012
in coroneLeaks
Comentário: O ex-prefeito de Diadema, o engenheiro José Fillipi Junior, condenado por improbidade administrativa, será o novo ministro da Saúde de Haddad. Ele foi tesoureiro de Dilma e, depois da campanha, pressionou empresários a doarem para campanha. Para conhecer melhor o indicado de Haddad, clique aqui.
O ex-prefeito de Diadema e deputado federal José de Filippi Júnior (PT) foi convidado pelo prefeito eleito Fernando Haddad para ser o novo secretário municipal de Saúde de São Paulo. Engenheiro civil, Filippi foi escolhido por ser considerado um bom gestor. Ele foi tesoureiro da campanha de Dilma, em 2010, e da reeleição de Lula, em 2006, papel que havia sido exercido antes por Delúbio Soares, condenado no julgamento do mensalão. Procurado ontem, ele não confirmou o convite, mas deve se reunir hoje com Haddad.
A indicação de Filippi contou com o aval do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que foi consultado por Haddad em conversas no início da semana. Padilha é do mesmo grupo de Filippi e foi um dos que defenderam a indicação de um político com perfil mais técnico, distante da ala do PT historicamente ligada à saúde. O vereador Carlos Neder, não reeleito, um dos coordenadores do programa de saúde de Haddad, foi descartado para ocupar a pasta por ter sido apontado como o grande opositor do modelo das parcerias com OSs (Organizações Sociais).
Uma das principais críticas da oposição à campanha de Haddad foi a de querer acabar com as OSs, que administram grande parte da rede de saúde de São Paulo. Como prefeito de Diadema (1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008), Filippi construiu o Quarteirão da Saúde, que inspirou uma das principais propostas de Haddad para a área, a rede Hora Certa.
O nome, no entanto, causou surpresa entre petistas e especialistas de saúde por ele não ser ligado à área. Políticos dizem que Filippi era cotado para outras secretarias. "O PT tem bons quadros de saúde que conhecem profundamente as questões de saúde do município", diz Florisval Meinão, presidente da APM (Associação Paulista de Medicina). "Mas ele parece ser um bom administrador, habilidade importante para conseguir direcionar os recursos financeiros escassos", disse.
Hoje, Haddad acompanha a presidente Dilma Rousseff em evento em São Paulo. Eles devem aproveitar para discutir o secretariado do petista. Outro "forasteiro" do ABC cotado para assumir uma pasta, Educação, é Cleuza Repulho, secretária da área em São Bernardo do Campo. Haddad também está definindo as nomeações de secretários de partidos que o apoiaram. O PT deve perder a queda de braço com o PP do deputado Paulo Maluf pela Secretaria da Habitação. O partido apresentará ao prefeito eleito cinco opções de nomes para a pasta, pleiteada pelo deputado estadual Simão Pedro
(PT-SP).(Folha de São Paulo)
14 de novembro de 2012
in coroneLeaks
Relatório de Inteligência da Operação Águas Claras cita o deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder do governo na Câmara, na investigação sobre empresários acusados de corrupção e fraudes em licitações de prestadoras de serviço a autarquias de água e esgoto de municípios de quatro Estados, inclusive o Ceará.
A Águas Claras foi desencadeada segunda-feira, em Sorocaba (SP). Força-tarefa integrada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) da cidade, braço do Ministério Público de São Paulo, prendeu 18 investigados e fez buscas em 25 endereços domiciliares e comerciais. O alvo principal é a Allsan Engenharia e Administração e seus sócios, os empresários Reynaldo Costa Filho e Moisés Ruberval Ferraz Filho.
Guimarães é irmão de José Genoino, ex-presidente do PT, condenado como mensaleiro a 6 anos e 11 meses de prisão. Em julho de 2005, quando Guimarães exercia mandato de deputado estadual, um assessor dele na Assembleia Legislativa do Ceará, José Adalberto Vieira da Silva, foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil escondidos na cueca. Genoino renunciou ao cargo dois dias depois.
A operação não flagrou telefonemas de Guimarães, mas pegou citações frequentes ao seu nome em diálogos grampeados dos empresários da Allsan que chamam o deputado ora pelo nome, ora por "cueca", ora por "capitão cueca". Cópia do relatório será enviado ao Ministério Público do Ceará.
O contato de Reynaldo e Moisés na Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) seria Antonio Alves Filho, o Cony, diretor comercial. A Cagece mantém contrato de R$ 8,94 milhões com a Allsan.O monitoramento, autorizado pela 3.ª Vara Criminal de Sorocaba, revela intensas tratativas dos empresários para obter prorrogação contratual. Como encontraram dificuldades na investida, aproximaram-se de Cony que, segundo a operação, teria sido indicado por Guimarães para o cargo na Cagece. O deputado nega categoricamente influências na empresa de águas.
À página 57, o relatório diz: "José Nobre Guimarães é deputado federal eleito pelo Partido dos Trabalhadores. O apelido 'cueca' está ligado ao seu nome face às denúncias que o envolvem no escândalo do flagrante da Polícia Federal conhecido por 'dólares na cueca' no ano de 2005". "Por diversas vezes Reynaldo e Moisés citaram o pagamento de propinas ao deputado, alegando que o mesmo 'ajuda' nas negociações junto à Cagece, forçando a renovação do contrato", assinala o documento. Uma citação fala em suposto repasse de R$ 100 mil ao irmão de Genoino.
Cony trocou telefonemas com Reynaldo e os dois se encontraram. "O teor dos diálogos entre os investigados denota o possível recebimento de numerários (propinas) por parte de Cony para intermediar a favor da Allsan junto à Cagece para a prorrogação e aditamento do contrato de prestação de serviços de leitura e emissão de faturas junto à companhia estatal, tudo em face do poder de decisão que exerce em função do cargo ocupado", assinala o relatório.
"Os encontros entre Reynaldo e Cony continuam sendo realizados mensalmente, encontros esses que indicam o pagamento de propinas por parte da Allsan Engenharia para a continuidade dos serviços que a empresa presta naquele Estado", destaca o relatório. A Operação Águas Claras aponta os passos de "uma quadrilha" - empresários que formaram a Associação Brasil Medição para "ocultar reuniões secretas onde os negócios escusos do bando eram combinados para burlar certames licitatórios destinados à contratação de serviços técnicos especializados de leitura de medidores".
A Águas Claras foi desencadeada segunda-feira, em Sorocaba (SP). Força-tarefa integrada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) da cidade, braço do Ministério Público de São Paulo, prendeu 18 investigados e fez buscas em 25 endereços domiciliares e comerciais. O alvo principal é a Allsan Engenharia e Administração e seus sócios, os empresários Reynaldo Costa Filho e Moisés Ruberval Ferraz Filho.
Guimarães é irmão de José Genoino, ex-presidente do PT, condenado como mensaleiro a 6 anos e 11 meses de prisão. Em julho de 2005, quando Guimarães exercia mandato de deputado estadual, um assessor dele na Assembleia Legislativa do Ceará, José Adalberto Vieira da Silva, foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil escondidos na cueca. Genoino renunciou ao cargo dois dias depois.
A operação não flagrou telefonemas de Guimarães, mas pegou citações frequentes ao seu nome em diálogos grampeados dos empresários da Allsan que chamam o deputado ora pelo nome, ora por "cueca", ora por "capitão cueca". Cópia do relatório será enviado ao Ministério Público do Ceará.
O contato de Reynaldo e Moisés na Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) seria Antonio Alves Filho, o Cony, diretor comercial. A Cagece mantém contrato de R$ 8,94 milhões com a Allsan.O monitoramento, autorizado pela 3.ª Vara Criminal de Sorocaba, revela intensas tratativas dos empresários para obter prorrogação contratual. Como encontraram dificuldades na investida, aproximaram-se de Cony que, segundo a operação, teria sido indicado por Guimarães para o cargo na Cagece. O deputado nega categoricamente influências na empresa de águas.
À página 57, o relatório diz: "José Nobre Guimarães é deputado federal eleito pelo Partido dos Trabalhadores. O apelido 'cueca' está ligado ao seu nome face às denúncias que o envolvem no escândalo do flagrante da Polícia Federal conhecido por 'dólares na cueca' no ano de 2005". "Por diversas vezes Reynaldo e Moisés citaram o pagamento de propinas ao deputado, alegando que o mesmo 'ajuda' nas negociações junto à Cagece, forçando a renovação do contrato", assinala o documento. Uma citação fala em suposto repasse de R$ 100 mil ao irmão de Genoino.
Cony trocou telefonemas com Reynaldo e os dois se encontraram. "O teor dos diálogos entre os investigados denota o possível recebimento de numerários (propinas) por parte de Cony para intermediar a favor da Allsan junto à Cagece para a prorrogação e aditamento do contrato de prestação de serviços de leitura e emissão de faturas junto à companhia estatal, tudo em face do poder de decisão que exerce em função do cargo ocupado", assinala o relatório.
"Os encontros entre Reynaldo e Cony continuam sendo realizados mensalmente, encontros esses que indicam o pagamento de propinas por parte da Allsan Engenharia para a continuidade dos serviços que a empresa presta naquele Estado", destaca o relatório. A Operação Águas Claras aponta os passos de "uma quadrilha" - empresários que formaram a Associação Brasil Medição para "ocultar reuniões secretas onde os negócios escusos do bando eram combinados para burlar certames licitatórios destinados à contratação de serviços técnicos especializados de leitura de medidores".
(Estadão)
14 de novembro de 2012
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