"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

GESTÃO MAIS QUE DESAPROVADA NA OAB-DF

 

Pela primeira vez, um presidente não consegue se reeleger na OAB-DF. A derrota por larga margem de votos para Ibaneis Rocha Barros mostra como foi ruim a gestão de Francisco Caputo à frente da entidade. Foram 7.275 votos para Ibaneis e 4.805 votos para “Kiko” Caputo, sendo muito boa a votação do tertius Paulo Roque (2.386).

Caputo, na verdade, fez da OAB-DF uma extensão de suas relações sociais, profissionais e políticas. A Ordem está há quase três anos em função dele e de seus interesses.
Ocupou-se principalmente em atacar a gestão de sua antecessora, Estefânia Viveiros, e achou que isso iria levar os advogados de Brasília a concluir que sua administração foi melhor.

Só que Estefânia, que ouviu calada as acusações de Caputo durante mais de dois anos, resolveu mostrar publicamente as mentiras dele e desmontou-as, uma a uma. A vitória de Ibaneis, que foi vice de Estefânia, resgata a gestão que Caputo tentou desmoralizar e mostra como ele administrou mal.
Ignorando que a Ordem tem de ser independente em relação a governos e partidos, Caputo sempre procura se ligar ao governador do momento e ter seu apoio.

Há três anos, foi apoiado publicamente pelo então governador José Roberto Arruda, que poucos dias da eleição começou a ser derrubado pela Operação Caixa de Pandora. Agora, dizia abertamente que tinha apoio de Agnelo Queiroz.

03 de dezembro de 2012
Hélio Doyle

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