O Procon-SP reuniu em uma lista 200 nomes de sites de comércio eletrônico não recomendados a consumidores com intenção de fazer compras na internet. Segundo a entidade, foram incluídas na lista páginas com reclamação pela falta de entrega de produtos e que não responderam aos clientes. Os nomes estão disponíveis na página do Procon na internet (www.procon.sp.gov.br), com informações como endereço eletrônico, razão social e se estão "fora do ar" ou "no ar".
O Procon afirma não ter encontrado registro dos endereços em órgãos oficiais como Receita Federal, Junta Comercial e no cadastro de domínio da internet. As páginas foram denunciadas ao Departamento de Polícia e Proteção à Pessoa (DPPC) e ao Comitê Gestor da Internet (GGI), responsável por controlar o registro dos domínios no país. O diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, afirma que mais importante que a denúncia, é o consumidor consultar a lista antes de fechar uma compra na internet, para assim evitar prejuízos.
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ELOGIOS
A listagem foi elogiada por especialistas e consumidores. O advogado Frederico Damato, sócio da Amaral & Damato Advogados, ressalta que as informações fornecidas no site do Procon-SP servem como uma ferramenta preventiva, ajudando o consumidor a não cair em ciladas. "Antes de fazer qualquer compra, é importante buscar informações sobre a empresa em sites e com outros consumidores. Ter precaução dá trabalho, mas é bem melhor do que remediar", aconselha.
O coordenador do curso de direito da Newton Paiva, Emerson Luiz de Castro, também apoiou a iniciativa do Procon. "É uma referência importante para o consumidor que gosta de comprar pela internet", diz.
Ele ressalta que antes de fechar o negócio em uma das diversas lojas do mundo virtual, é preciso verificar se o site oferece segurança e não apenas o preço. "Aliás, desconfie se a oferta for mirabolante, bem abaixo do que é cobrada por outras empresas", observa.
Para a perita Flávia Armani, a iniciativa de elaborar uma lista é excelente. "Vai facilitar a vida dos internautas", diz.
Ela conta que gosta de comprar pela internet. "É cômodo. E ainda há a vantagem de fazer a pesquisa de preços de forma rápida", observa. Entre as diversas compras online que fez, Flávia teve três experiências ruins. "Comprei, paguei e não recebi os produtos. Com isso, aprendi a ter mais cuidado", diz.
03 de dezembro de 2012 Juliana Gontijo (O Tempo)
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