"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

OPERAÇÃO PORTO SEGURO: EX-SENADOR GILBERTO MIRANDA FORNECE À POLÍCIA ENDEREÇO QUE NÃO EXISTE


Qualquer fotógrafo de celebridades sabe que o ex-senador Gilberto Miranda mora no Jardim Europa, um dos pontos mais caros de São Paulo. Para a polícia e para os registros de empresas, porém, Miranda informa que não tem domicílio no Brasil, mas sim em Barcelona, na Espanha. Levantamento feito pelo jornal "Folha de S. Paulo" no registro de imóveis daquela cidade e no local mostram que o apartamento em que ele diz morar não existe.

Miranda, denunciado na operação Porto Seguro da Polícia Federal (PF) por suspeita de participar de esquema de compra de pareceres em órgãos do governo federal, disse à PF que mora na calle Pujades, 235, terceiro andar, quarta casa, em Barcelona. Mas, no endereço, há um prédio que só tem dois andares, com um apartamento por nível.

O advogado Claudio Pimentel, que defende Gilberto Miranda, afirma que não tem conhecimento do endereço fornecido em Barcelona. "Ele pode morar onde quiser no exterior", disse. Mas o endereço, segundo ele, precisa existir. O advogado, no entanto, preferiu não discutir essas questões por meio da imprensa.

IMPEDIDO
O advogado geral da União, Luís Inácio Adams, disse que vai se declarar impedido de decidir eventual demissão de seu ex-auxiliar José Weber Holanda, outro indiciado na operação Porto Seguro. Ex-número 2 da Advocacia Geral da União (AGU), Holanda era amigo pessoal de Adams e despachava diretamente com o ministro.

Uma comissão de sindicância formada na AGU para apurar o envolvimento de servidores no esquema recomendou a abertura de Processo Administrativo Disciplinar, que pode levar a punições que vão desde advertência a demissão, passando por suspensão.

(Transcrito do jornal O Tempo)

31 de janeiro de 2013

tribuna da internet

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