Quando se negam
informações de interesse público, além de praticar-se um vil cerceamento da
liberdade intelectual através da censura, tenta-se esconder alguma coisa de
muito errado.
Estou me
referindo à tragédia da boate Kiss, que deixou mais duas centenas de mortos em
seu caminho de horror.
O chefe do Estado
Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, major Gerson Pereira estava
concedendo uma entrevista coletiva sobre o incêndio em Santa Maria (RS), na
terça-feira, 29. A uma certa altura o major parou, para atender seu celular,
logo depois deu a seguinte explicação: “O governador me proibiu de
falar”.
Mas o major
Pereira já havia falado sobre a eventual culpa da corporação no acidente. Ele
destacou que os bombeiros fizeram “tudo o que estava ao nosso alcance”, ao
defender que “quem falou, que assuma a
responsabilidade”.
Ele isentou a
entidade sobre a responsabilidade quanto ao material do revestimento do palco.
“Não é da responsabilidade do corpo de Bombeiros e também gostaria de saber de
quem é. Tenho minha consciência tranqüila que nós fizemos tudo que era da nossa
alçada”.
Mesmo o governo
gaúcho tenha dito, por meio da assessoria de imprensa, que o telefonema não
partiu do Palácio Piratini, sede do executivo estadual, horas depois o próprio
governador desdisse a sua assessoria de imprensa ao afirmar: “O chefe dos
bombeiros não falou demais. Ele falou completamente errado. Bombeiros não
autorizam o funcionamento de nada. Quem dá o alvará é a
prefeitura”
Como os petistas
têm o amoral hábito de blindar os erros de seus “cumpanheiros”, estes fatos
aumentam as suspeitas que a boate Kiss pertença ao deputado federal Paulo
Pimentel (PT-RS) e que os dois indiciados como proprietários seriam simples
laranjas.
Fato é que o povo
se prepara para ir às praças protestar contra os descasos do governo, e como
diria o poeta Castro Alves: “A praça é do povo/ Como o céu é do
condor!”
Atenção! O clamor público não pode ser nem enganado nem contido.
31 de janeiro de 2013
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