Bem pensado – A queda de braços que domina os bastidores da corrida presidencial, lançada com mais de dois anos de antecedência, tem provocado articulações de todos os lados.
Homem forte do governo de Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva articula alianças e comanda a reforma ministerial, de olho no projeto de reeleger, em 2014, sua sucessora e dar sequência ao projeto totalitarista de poder que está em marcha há pelo menos dez anos.
No afã de impedir que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), alçasse voo com as próprias asas, Lula tentou escantear Michel Temer, atual vice-presidente da República, deixando o caminho livre para o pernambucano fazer dupla com Dilma.
Com a economia brasileira cambaleando e os escândalos de corrupção tomando cada vez mais espaço na agenda do PT, Eduardo Campos, que há muito conversava com o tucano Aécio Neves, protagonizou uma jogada de mestre.
Ele convenceu a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, a filiar-se ao PSB. Dura e justa e suas decisões e dona de trajetória impecável, Eliana Calmon ganhou ainda mais espaço no noticiário enquanto esteve à frente da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Nesse período, a ministra travou verdadeira cruzada contra magistrados corruptos, afirmando que Brasil há bandidos de toga.
Eliana Calmon não fez de sua declaração uma acusação pasteurizada, mas tinha no foco, em especial, o Tribunal de Justiça de São Paulo.
O fato de a ministra se levantar contra alguns integrantes do Judiciário colocou-a em evidência na opinião pública.
Eliana Calmon já anunciou que deve se filiar ao PSB, o que indica que uma dobradinha com Eduardo Campos em 2014 não deve ser descartada.
Caso as especulações atuais transformem-se em realidade, Eduardo Campos e Eliana Calmon não apenas darão muito trabalho a qualquer outro candidato presidencial, como têm chances de vencer a disputa. É bom ficar atento!
25 de fevereiro de 2013
ucho.info
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