O vídeo [abaixo] ilustra a reportagem publicada pelo jornal italiano La Stampa que resume o primeiro dia de Yoani Sánchez no Brasil. São 4min10 exemplarmente pedagógicos.
A selvageria dos patrulheiros alugados colide frontalmente com a serenidade da blogueira cubana. As cenas de primitivismo explícito protagonizadas por revolucionários de galinheiro contrasta penosamente com a silenciosa aula de dignidade ministrada pela visitante.
Ouçam as palavras de ordem berradas pela turma das cavernas. Confrontem a gritaria desconexa com as observações sensatas da mulher sem medo. E reconheçam: o país que pensa tem o dever de envergonhar-se desse grotão cafajeste que Yoani foi obrigada a contemplar minutos depois do desembarque.
O que há com os democratas brasileiros que se deixam dobrar por um punhado de baderneiros sem causa nem cérebro?, estaria perguntando Nelson Rodrigues. O que esperam os políticos eleitos pela oposição para formarem escoltas que garantam a Yoani, fisicamente, o direito à palavra?
Baianos e pernambucanos perderam uma boa chance de deixar claro que o Brasil não é Cuba. Nem será, precisa saber a visitante antes de seguir viagem.
Nesta quarta-feira, ela conhecerá a maior metrópole do país. Cumpre aos brasileiros de São Paulo mostrar-lhe que, apesar do PT, do PCdoB e de outras velharias ideológicas, a democracia continua em vigor. E não será revogada.
20 de fevereiro de 2013
Augusto Nunes
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