A blogueira cubana Yoani Sánchez afirmou nesta quarta-feira que o dossiê montado contra ela – e, como mostrou VEJA, distribuído no Brasil com a participação de um funcionário da Presidência da República – é uma ação daqueles que procuram “matar o mensageiro” em vez de corrigir os problemas reais.
“É um dossiê preparado para fazer uma estratégia que eu conheço muito bem: a estratégia de matar o mensageiro. Não é um dossiê sobre os argumentos que apresento, ou que negue algo que escrevo em meu blog, mas um dossiê que trata de me matar eticamente e moralmente frente aos meus leitores.
Não há possibilidade de um debate em uma polêmica quando o outro quer te destruir”, afirmou a ativista à imprensa, durante visita ao Senado Federal.
Quando uma jornalista perguntou se a cubana se sentia apoiada pelo governo brasileiro, ela se evitou fazer críticas diretas: “Eu me sinto apoiada pela cidadania brasileira, que é o mais importante. Eu não sou uma governante ou uma diplomata.”
Yoani, que embarcou para São Paulo no começo da tarde, também disse que gostaria de ter sido recebida pela presidente Dilma Rousseff. “Seria muito bom. Mas não está na agenda dela. Na minha, sempre há espaço”, declarou.
A blogueira prometeu retornar em breve ao Brasil, disse que “provavelmente” não disputará eleições se a democracia voltar a Cuba e afirmou ter ficado bem-impressionada com o Congresso Nacional – apesar do protesto de parlamentares defensores da ditadura cubana.
“Pensava uma coisa e encontrei outra: uma Câmara dos Deputados com uma dinâmica diferente, muito cidadã.”
Gabriel Castro, na VEJA
20 de fevereiro de 2013
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