A vanguarda do atraso no Senado, uma nova-velha facção autobatizada de “renanzistas”, ameaça retaliações contra o Supremo Tribunal Federal e Ministério Público Federal. A boiada estoura caso a Justiça decida deliberar sobre o pedido de indiciamento do Presidente do Congresso e do Senado, Renan Calheiros. Será que a politicalha aloprou ao aprofundar o já tenso clima e alto risco de ruptura institucional?
O Globo revela que os renanzistas têm um alvo imediato. Renan vai aceitar e enviar à Comissão de Constituição de Justiça do Senado várias representações contra o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, pedindo o impeachment dele, mesmo faltando seus meses para deixar o cargo. Além de tentar desgastar e desmoralizar Gurgel, os renanzistas também fazem terrorismo com a ameaça de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011 que retira poderes de investigação criminal do Ministério Público.
A tropa de Renan articula uma revanche contra o Supremo, se o ministro Ricardo Lewandowski não aliviar a barra de Renan Calheiros na denúncia apresentada por Gurgel. Os senadores renanzistas ameaçam aprovar uma lei obrigando que a análise de processos no STF também ocorra na ordem cronológica. Seria um troco à decisão do ministro Luiz Fux para que, no Congresso, a análise dos absurdos 3 mil vetos presidenciais obedeça a tal critério. Seria uma intervenção indireta do Congresso no Supremo – supostamente dentro da lei e da ordem republicana (coisa que parece não existir no Brasil dominado pelo Governo do Crime politicamente Organizado).
Mais raivoso
O ex-Presidente da República e atual senador alagoano, sempre amigão de Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello é um dos que mais tem sangue na boca contra Roberto Gurgel e a esposa dele, a subprocuradora federal Cláudia Sampaio.
Em recente defesa de Renan, na tribuna do Senado, Collor xingou Gurgel de “chantagista, ímprobo e praticante de ilícitos administrativos e de crime de responsabilidade”.
No ano passado, Collor protocolou seis representações contra o procurador-geral da República e a subprocuradora, nas esferas cível, penal e administrativa, por crimes de prevaricação, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.
O petebista Collor ficou PT da vida porque o presidente do Senado, José Sarney, preferiu arquivar tudo – coisa que agora os renanzistas juram que seu líder máximo não fará.
Mantega sem graça
Já derreteu a relação entre o ministro da Fazenda Guido Mantega (protegido de Lula) e Maria das Graças Foster (afilhada da Dilma).
O Estadão revela que a presidente da Petrobrás apresentou nesta semana a Mantega, que preside o conselho de administração da companhia, um cenário alarmante para o endividamento da empresa neste ano, com risco de perda da recomendação de “grau de investimento”.
Graça cobra novos reajustes da gasolina e do diesel, e Mantega não topa porque isto seria combustível inflacionário.
Assim, o governo Dilma fica no dilema do cachorro que corre atrás do próprio rabo: segurar a inflação ou quebrar a maior empresa capimunista do País.
Seis por meia dúzia (menos 13) é igual a...
Interessante hipótese levantada por um leitor do Alerta Total.
E se o PMDB rifar o PT, oferecendo a cabeça de chapa da eleição presidencial de 2014 ao jovem coronel nordestino do PSB, Eduardo Campos e permanecendo com a vice presidência?
Não seria surpresa tal fórmula político-matemática, na qual o PT sairá perdendo feio, porque o lema do PMDB parece o hino do Flamengo: uma vez governo, sempre governo...
Bem indicado
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
09 de fevereiro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário