"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 6 de março de 2013

ISRAEL: CHEGA DE POLÍTICAS DE CONTENÇÃO E APAZIGUAMENTO


          Internacional - Oriente Médio 
A idéia é de que os “palestinos”estão interessados em paz, quando não passam de bandidos, terroristas e assassinos, não lordes com quem se pode negociar com plena confiança.

Pressionado pela ONU, pelas potências estrangeiras e sempre criticado pela mídia ‘mainstream’, faça o que fizer, Israel tem usado a política do apaziguamento há tempo demasiado. É hora de parar e tomar atitudes mais claras em direção à sua única e óbvia estratégia: ocupar de vez o que lhe pertence: a Judéia e a Samaria. O apaziguamento só aumenta a avidez daqueles que o recebem como sinal de fraqueza, jamais de boa vontade de chegar a um acordo pela paz.
 
Além do conhecido episódio de Munich, a confiança exagerada no outro lado levou Franklin D. Roosevelt, o presidente mais à esquerda antes de Carter e Obama e que maior mal causou ao seu país e ao mundo, a uma verdadeira adoração por Stalin, que ele chamava carinhosamente Uncle Joe. William C. Bullitt, que fora comunista três décadas antes e ex-embaixador na URSS de 1933 a 1936, advertiu Roosevelt desde 1941 de que os comunistas eram uma ameaça constante à liberdade no mundo e haviam infiltrado agentes na própria Administração, numa quinta coluna que minava as políticas presidenciais [[i]]. Bullitt fez de tudo para mostrar a Roosevelt que sua política em relação a Stalin estava equivocada e que Stalin não passava de um assassino de seu próprio povo. Em agosto de 1943, Roosevelt respondeu:

“Bill, não acredito que Uncle Joe seja este tipo de homem, ele quer apenas a segurança de seu país e eu penso que se eu der a ele tudo o que eu possa e não peça nada em troco, noblesse oblige, ele não tentará anexar nenhum país e trabalhará de acordo comigo para um mundo de democracia e paz’. [[ii]]

Um Bullitt surpreso argumentou com o presidente que “ele não estava lidando com um duque inglês, mas com um bandido do Cáucaso, que quando consegue algo por nada só pensa que o outro é um jumento.” [[iii]

É exatamente esta a situação entre Israel e os “palestinos” e por isto os acordos para a paz só despertam mais ganância e o incremento da visão dos israelenses como jumentos facilmente enganáveis. A idéia é de que os “palestinos”estão interessados em paz, quando não passam de bandidos, terroristas e assassinos, não lordes com quem se pode negociar com plena confiança.

Felizmente os primeiros anos de Israel tiveram na Casa Branca cinco presidentes amigos: Truman, Eisenhower (o primeiro a prever a ação dos negacionistas do Holocausto), Kennedy, Johnson e Nixon.

Foi Johnson, que abriu as portas dos depósitos militares dos EUA a Israel na época da Guerra dos Seis Dias de 1967, depois que a França de De Gaulle cortara toda ajuda militar. Ele também garantiu através de seu embaixador na ONU que a Judéia e a Samaria (mais conhecida por Cisjordânia) permanecesse sob administração israelense, ao implementar a resolução das Nações Unidas, que diz que Israel poderá se retirar “de territórios ocupados” depois de acordos firmados com palestinos [[iv]]. Note-se que a resolução (oficial) diz em Inglês “de territórios” e não como foi traduzida para o francês e demais idiomas, “dos territórios” como muitos traduzem erroneamente para eternizar a idéia de que todos os territórios são ocupados e, ipso facto, devem ser devolvidos.

Nixon continuou a política de Johnson e foi um baluarte na luta contra a expansão do comunismo no mundo. Como os árabes estavam na época, nas mãos dos soviéticos, que inclusive tinham assessores e conselheiros militares no Egito e na Síria, ajudando Israel ele estava ajudando os Estados Unidos. Foi a partir daí que a esquerda começou a rotular Israel de testa de ferro dos EUA.

Nixon e o Gen. Alexander Haig ajudaram e muito Israel na guerra de Iom Kippur.

Mas os tempos mudaram com o poltrão Jimmy Carter, sob cuja Administração a URSS de Brezhnev ‘engordou’ mais onze países, entre os quais as mais duras traições contra aliados do plantador de amendoins: Irã e Nicarágua.

Em função de espaço vamos direto ao presente: a Administração Obama é nitidamente anti-Israel. Judeus de esquerda citam as nomeações de Axelrod e Rahm Emanuel como indício de que Obama não é antissemita. Estranho que ambos são judeus sim, mas de esquerda.

Em seu segundo mandato Obama, que ajudou todos os inimigos de Israel e dos EUA na ‘primavera árabe’, que só enganou desde o início a idiotas úteis, fez nomeações de inimigos de Israel para os mais importantes cargos: para Secretário de Estado, John Kerry, e para a Defesa, Chuck Hagel, inimigo de Israel e amigo do Irã. Com apenas mais quatro anos para destruir seu próprio país e seus aliados, Obama radicalizou: Kerry é um típico traidor dos EUA repetindo os mantras soviéticos sobre o Vietnã. Segundo Mihai Ion Pacepa, espião romeno do KGB que se asilou nos EUA, “a citação de Kerry (perante o Senado como representante da organização Veterans against the War) é um típico slogan soviético. Acredito que Kerry traduziu ipsis literis um dos folhetos de propaganda soviética” [[v]].

É hora de anexar a Judéia e a Samaria, segundo as normas expressas por Steven Plaut em Time to Annex Judea and Samaria:

A ‘Autoridade Palestina’ vem há quase 20 anos violando todas as cláusulas dos Acordo de Oslo. (...) A Declaração unilateral de independência e soberania estatal e pedido de reconhecimento internacional, não foi apenas o repúdio completo aos acordos mas sim uma declaração de guerra. (...) Israel deve responder que o jogo de fingimento e ficção acabou. Israel não mais fingirá (somente para tentar um acordo de paz) que existe um "povo palestino" com direito a soberania.



Notas:

[i]
Contei com a inestimável ajuda de Szyja Lorber e Salomon Mizrahi para as informações históricas sobre Israel. As conclusões do artigo de minha responsabilidade.
[ii] Há dúvidas entre os historiadores se Roosevelt era apenas idiota útil ou traidor. A sua Administração estava coalhada de comunistas e agentes do KGB, entre os mais conhecidos Harry Hopkins, Harry Dexter White, Alger Hiss, Laucghlin Currie, N G Silvermaster, Wiliam Remington, V. Grenk Coe, Harold Glasser, John Service, Maurice Halperin, Robert Miller, Solomon Adler e centenas de outros (ver Stalins Secret Agents, de M Stanton Evans & Herbert Romerstein e Witness de Whittaker Chambers. Hiss dirigiu a Conferência que preparou a Carta da futura ONU, obedecendo às ordens de ‘Uncle Joe’.
[iii] Descrito em seu artigo How We Won the War and Lost the Peace, Revista Life, vol. 25, nº 10, 6/11/84.
[iv] Sobre Johnson e Israel ler: LBJ: A Friend in Deed, Lenny Ben-David
[v] Kerry’s Soviet Rethorics, citado em Dupes, de Paul Kengor, Wilmington, Delaware:2010
Artigo publicado no Jornal Visão Judaica, de Curitiba (versão ampliada) .

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